O mercado global de criptomoedas está com diversas novidades. A Binance se tornou a primeira exchange a integrar o T3+, iniciativa criada por Tether, TRON e TRM Labs para combater crimes relacionados à blockchain.
Na mesma linha de proteção, a MEXC lançou a campanha “Proof of Trust”, que inclui um fundo de US$ 100 milhões para cobrir usuários em casos de falhas graves, além de relatórios periódicos e programas educacionais.
A BlindPay anunciou as Named Virtual Accounts, contas virtuais em dólar para empresas latino-americanas, com liquidação em stablecoins ou moedas locais.
Já a BlockBR aposta na tokenização de fundos e ativos, mirando contratos mínimos de R$ 100 milhões e expansão internacional até 2026.
A Truther apresentou o primeiro cartão de crédito autocustodiado integrado à Visa, em que os usuários mantêm a posse total de seus ativos e realizam pagamentos em tempo real sem necessidade de recargas.
A Tangem, por sua vez, anunciou o lançamento de sua carteira de hardware seedless no Brasil, país que já movimentou quase US$ 900 milhões em stablecoins apenas no primeiro semestre de 2025.
Além disso, iniciativas para impulsionar talentos e novos modelos também ganharam força. A Avalanche abriu inscrições para o Hack2Build: Privacy Edition, hackathon global com mais de US$ 25 mil em prêmios, focado em soluções de privacidade digital. Já no Brasil, o BTG Pactual lançou a Copa BTG Trader, competição gamificada em ambiente simulado que distribuirá R$ 1,25 milhão em prêmios, sendo R$ 1 milhão para o vencedor.
Binance entra no T3+
A Binance se tornou a primeira exchange a integrar o T3+, iniciativa global criada por Tether, TRON e TRM Labs para enfrentar crimes relacionados à blockchain. O programa reúne autoridades e empresas do setor em ações coordenadas de monitoramento e bloqueio de transações ilícitas. Desde setembro de 2024, o grupo já congelou mais de US$ 250 milhões em ativos obtidos de forma ilegal.
Logo em sua estreia, a Binance participou de um caso de destaque, bloqueando cerca de US$ 6 milhões ligados a um golpe de pig butchering. A ação demonstrou a efetividade do modelo colaborativo, que busca proteger usuários e fortalecer a confiança no ecossistema cripto. A exchange já havia, entre 2022 e 2025, evitado quase US$ 10 bilhões em fraudes por meio de sistemas próprios de detecção e congelamento.
Segundo a empresa, o objetivo é ampliar a cooperação com reguladores e autoridades, ao mesmo tempo em que melhora suas tecnologias de segurança. Para Nils Andersen-Röed, chefe global da Unidade de Inteligência Financeira da Binance, a credibilidade de longo prazo do setor depende da colaboração ativa entre exchanges e órgãos públicos.
MEXC lança “Proof of Trust”
A corretora global MEXC anunciou a campanha “Proof of Trust”, que busca aumentar a proteção ao usuário e fortalecer a transparência no mercado de criptomoedas. A iniciativa combina reservas financeiras on-chain, relatórios periódicos e ações de educação em segurança. O destaque é a criação do Fundo Guardião, de US$ 100 milhões, para indenizar usuários em casos de falhas graves ou ataques.
A exchange também publicará relatórios bimestrais de segurança, que mostrarão a solvência da plataforma e as medidas de proteção em andamento. Além disso, está ampliando a resposta a transações ilícitas e erros de usuários, reforçando o compromisso com a integridade financeira. O programa ainda prevê um framework estruturado de proteção para situações emergenciais.
Outro eixo central é a educação: o MEXC Learn oferece conteúdos em mais de oito idiomas, incluindo guias de segurança e alertas em tempo real. A corretora também vai lançar o Programa Embaixadores da Confiança, com membros da comunidade ajudando a difundir boas práticas. Para a COO Tracy Jin, a campanha mostra que segurança deixou de ser opcional e deve ser a base do setor.
Núclea nomeia nova Superintendente Comercial
A Núclea anunciou Fernanda Ribeiro como nova Superintendente Comercial Estratégica, com foco em fortalecer a relação com os bancos públicos. Ela traz mais de 25 anos de experiência em parcerias corporativas, com passagens por empresas como Dotz, SBT, C6, Visa e Caixa.
Segundo Fernanda, o objetivo é apoiar os bancos na criação de soluções inovadoras e atender demandas específicas do setor público. A executiva afirma que a estratégia será de cocriação de produtos e serviços, ajudando clientes a superar desafios presentes e futuros.
BlockBR aposta em tokenização
A fintech BlockBR, especializada em infraestrutura de tokenização, anunciou planos para atender gestoras com carteiras acima de R$ 1,5 bilhão, exigindo contratos mínimos de R$ 100 milhões. A empresa desenvolveu uma plataforma white-label que permite tokenizar fundos, ativos e carteiras, com total controle de compliance e liquidação.
A estratégia é alcançar 30 gestoras no Brasil e cinco no exterior até 2026, com faturamento previsto de R$ 15 milhões. Entre os diferenciais, estão a autonomia operacional das gestoras, a integração completa entre custodiante, administrador e investidor, além da eficiência regulatória.
Um exemplo foi a parceria com a Rio Bravo, que tokenizou carteiras conservadoras, moderadas e agressivas, distribuindo tokens diretamente a investidores. Para o CEO Cássio Krupinsk, a tokenização já é realidade e deve retirar o crédito do domínio dos grandes bancos, tornando o mercado mais aberto e acessível.
Avalanche lança hackathon global
A Avalanche anunciou a edição Hack2Build: Privacy Edition, um hackathon global voltado à criação de soluções de privacidade digital em blockchain. O evento é online, gratuito e terá duração de um mês, com três fases: ideação, validação e implantação em testnet ou mainnet.
Os projetos devem usar o novo padrão eERC20, uma versão criptografada do ERC20. A competição oferece mais de US$ 25 mil em prêmios e inclui mentorias técnicas e de negócios. A expectativa é gerar soluções em áreas como DeFi privados, saúde, votações e folha de pagamento.
Além da competição, a Team1 LatAm promove treinamentos gratuitos para iniciantes, em espanhol, capacitando equipes latino-americanas. Os finalistas poderão ingressar no Codebase Accelerator, que conecta projetos a investidores e mentores. Para a Avalanche, a privacidade em blockchain é essencial em um cenário de crescente vigilância digital.
BTG Pactual lança campeonato trader
O BTG Pactual anunciou a abertura de inscrições para a Copa BTG Trader, um dos maiores campeonatos do gênero no Brasil. Realizada em ambiente simulado, a competição propõe dinâmica gamificada por um período de três semanas, em que os participantes terão de mostrar a sua habilidade para tomar decisões de investimento e obter o maior lucro a partir do montante inicial proposto, que será o mesmo para todos os participantes.
No total, serão distribuídos mais de R$1,25 milhão em prêmios, sendo R$1 milhão destinados ao grande vencedor e o restante do prêmio distribuído entre os outros 99 mais bem colocados, conforme a colocação de cada participante.
Para participar, é necessário ter mais de 18 anos, abrir ou ter conta investimento no BTG Pactual e ativar a plataforma oficial do campeonato pelo app, a Nelogica. Após a fase classificatória, 30% dos participantes irão avançar para uma semifinal.
Os cinco primeiros serão classificados para a grande final, que ocorrerá de forma presencial, no dia 17 de outubro, em um evento para mil convidados com palestras, atrações, stands dos patrocinadores e participações de grandes nomes do mercado.:
BlindPay lança contas virtuais
A BlindPay anunciou o lançamento das Named Virtual Accounts, solução que permite a empresas oferecerem contas bancárias nos EUA de forma totalmente online. Com isso, clientes podem receber em dólar via ACH, Wire, RTP ou SWIFT e converter automaticamente para stablecoins ou moedas locais como BRL, MXN, COP e ARS.
A novidade elimina a necessidade de abrir empresas ou ter presença física nos EUA, simplificando o acesso global a serviços bancários. O modelo white-label permite que fintechs, bancos e aplicativos de pagamento ofereçam milhares de contas personalizadas em nome de clientes, com integração simples via API, total conformidade regulatória e reconciliação automática.
Entre os diferenciais estão liquidação multimoeda, segurança KYC/KYB/AML e cobertura global. A solução já é usada por empresas como Meru, LootRush e HIFI, reforçando o posicionamento da BlindPay como infraestrutura de pagamentos internacionais voltada para a expansão de negócios latino-americanos.
Truther anuncia cartão de crédito Visa
A Truther, criada por Rocelo Lopes, apresentou o Truther Card, cartão de crédito totalmente conectado a uma carteira de autocustódia. O lançamento ocorreu no Rio Innovation Week e será testado em Lugano, na Suíça, durante o evento da Tether. O cartão estará disponível globalmente a partir de outubro de 2025.
O diferencial está no fato de que os ativos permanecem sempre com o usuário. No momento da compra, a liquidação ocorre on-chain em tempo real, com autorização média de 300 milissegundos. A integração com Visa, Apple Pay e Google Pay permite uso em qualquer terminal, sem necessidade de recargas pré-pagas.
A solução elimina spreads e múltiplas tarifas, garantindo soberania total ao usuário, que mantém a seed phrase da carteira. A emissão ocorre via parceria com a Visa na Argentina, com cartão virtual em dólar válido globalmente. Para Rocelo, é a primeira vez que a liberdade cripto se conecta de forma direta ao sistema global de crédito.
Tangem lança carteiras de hardware sem seed no Brasil
A Tangem anunciou sua entrada no Brasil, marcando o início da expansão na América Latina. A solução é voltada ao crescimento da autocustódia, em meio à alta volatilidade econômica e ao avanço da regulação de ativos digitais no país.
O produto é um cartão com chip NFC, que gera e armazena as chaves privadas internamente, dispensando o uso de seed phrases. Essa abordagem reduz riscos e simplifica o uso, tornando a custódia própria mais acessível para usuários que buscam segurança sem complexidade.
Segundo a empresa, o Brasil é o mercado ideal por ser o maior polo cripto da região e pela adoção crescente de stablecoins. Só nos sete primeiros meses de 2025, stablecoins atreladas ao real movimentaram US$ 900 milhões, quase todo o volume de 2024. Com esse cenário, a Tangem vê o país como porta de entrada para a América Latina.