O Ethereum (ETH) orbitava US$ 2.623,04 (+4,6%) com alta acumulada semanal de 43% na manhã desta quarta-feira (14). O rali pode ganhar mais combustível pela acumulação de pequenas e grandes carteiras (sardinhas e baleias), em meio à mudança de sentimento dos investidores, segundo respectivas análises da Sentora e Santiment.

Gráfico de sete dias do par ETH/USD. Fonte: CoinMarketCap

No X esta semana, a Sentora, nova plataforma de finanças descentralizadas (DeFi) lançada pela fusão da antiga rastreadora on-chain IntoTheBlock com e empresa de infraestrutura em blockchain Trident Digital, observou que “US$ 1,2 bilhão em ETH foram sacados de exchanges centralizadas nos últimos 7 dias”.

“Essa tendência sustentada de saídas líquidas, que se intensifica desde o início de maio, sinaliza acúmulo contínuo e redução da pressão de venda”, emendou.

Em referência a um insight também dessa semana, a Santiment observou que “o Ethereum ultrapassou os US$ 2.700 pela primeira vez desde 23 de fevereiro.”

“O varejo deixou de lado o baixo desempenho do ETH e passou a buscar preços de entrada justificáveis”, acrescentou a plataforma de monitoramento e inteligência onchain.

A análise também salientou que, enquanto o Eher sofria com um pico de “zombaria e ‘risibilidade’ nas redes sociais há apenas algumas semanas, algo engraçado aconteceu”:

“O Ethereum começou a se recuperar como se estivesse em 2017 novamente. Desde seu fundo local de pouco menos de US$ 1.800 em 7 de maio, o valor de mercado da moeda saltou +49% em pouco menos de seis dias.”

Por outro lado, a Santiment reconheceu que a explosão do Eher entre 2016 e 2017 também se relacionava à teoria de que o ETH ultrapassaria o Bitcoin (BTC) por causa do rápido crescimento “do ecossistema de desenvolvedores do Ethereum, de sua funcionalidade de contratos inteligentes e da ideia de que sua utilidade no mundo real”, o que não aconteceu.

Apesar disso, com o rali, a Santiment ressaltou que FUD (medo, incerteza e dúvida) rapidamente se transformou em FOMO (medo de ficar de fora):

“Podemos realmente ver como as previsões de preço nas redes sociais deram uma reviravolta completa, com os céticos sendo silenciados pela alta do Ether. Para manter a consistência, registramos preços abaixo do que vimos ao longo de maio (US$ 0 a US$ 1,5 mil) e acima do que vimos em maio (US$ 3,5 mil a US$ 5,0 mil)”.

FUD/FOMO nas mídias socias. Fonte: Santiment

Sardinhas 'passionais'

A análise ainda que os investidores de varejo (sardinhas) em geral são passionais e carregam “um estado de espírito de "o que você fez por mim ultimamente?”. O que motiva a tendência de venda com o desempenho abaixo do esperado, caso do Ether nos últimos três anos, em meio a hype das memecoins.

“E com a rejeição da multidão, como já vimos muitas vezes, vêm os pumps massivos que pegam de surpresa os céticos”, avaliou a Santiment.

Quanto às taxas da rede Ethereum, crítica considerada justa pela Santiment, a análise observou que a “rede do ETH é que ela pode ficar muito cara e congestionada quando há alta demanda”. 

“Isso cria uma profecia autorrealizável de que menos pessoas estarão dispostas a transferir Ethereum sempre que ele se tornar muito popular e utilizado. Por outro lado, quando a rede tem uso muito baixo, as taxas se tornam mínimas, incentivando as pessoas a voltarem a usá-la”, explicou a plataforma.

Para os investidores que buscam oportunidade no Ether, a análise concluiu que o momento é de paciência ao escrever que:

“Os retornos médios de 30 dias estão atualmente em +32,5%, o que está bem acima da zona de risco de +15% que recomendamos para altcoins. Isso pode não significar que os preços estão prestes a cair, mas sugere que a alta provavelmente desacelerará ou cessará até que o MVRV de 30 dias volte a cair para um valor mais razoável”.

Enquanto isso, analistas dizem que os fractais de alta do Ethereum associados aos sinais emergentes de altseason podem favorecer o ETH a US$ 10 mil, conforme noticiou o Cointelegraph.