O CEO da Atlas Quantum, Rodrigo Marques, teria gasto cerca de 460 mil para mobiliar três apartamentos alugados, segundo um vídeo publicado pelo advogado Artemio Picanço que tem movido diversas ações judiciais contra o empresário. Segundo Picanço os valores foram investidos durante o período em que os saques de bitcoins permaneceram bloqueados no sistema da empresa.

Segundo o advogado, Marques que alegava ter apenas um imóvel alugado, na verdade possuía três imóveis, sendo um deles uma cobertura e, para mobiliar estes apartamentos teria montado um projeto de 'design' incluindo mobiliário de luxo. Ainda de acordo com o Dr Artêmio há ainda outras revelações sobre Marques que devem acontecer em breve e serão agrupadas em um dossiê que será encaminhado ao Ministério Público Federal.

Em seu vídeo o advogado chama a atenção não apenas para os gastos mas para o fato deles terem sido realizados no período em que Marques e a empresa afirmavam passar por uma situação delicada, com a proibição da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que acabou deixando a empresa sem liquidez por conta de supostos bloqueios de Bitcoins em exchanges, assunto que nunca mais foi tratado por Marques.

Antes da crise causada pelo avanço do coronavírus, um grupo de clientes da Atlas Quantum, com um pedido foi formulado pelo escritório Picanço F. Braga, pediu a instauração de um PIC, e subsidiariamente o IP pela polícia especializada para investigar o  CEO da Atlas Quantum, Rodrigo Marques, assim como  Fabrício Spiazzi Sanfelice (sócio retirante) e o antigo dono da AnubisTrade, Matheus dos Santos Grijó.

Em busca de solucionar a crise financeira que vem ocorrendo na empresa desde agosto de 2019, quando foi proibida pela CVM de oferecer contratos de investimento coletivo no Brasil, a Atlas Quantum lançou duas iniciativa em 2020, a Phoenyx que consistem em um robô de trade que opera na Bitmex e o Novo Quantum, nova plataforma da empresa na qual os clientes tiveram seus Bitcoins bloqueados convertidos em um token chamado BTCQ.

No entanto o BTCQ não tem qualquer lastro ou lugar para negociação que não seja a plataforma da Atlas na qual, em relação ao Bitcoin, há um deságio de 96%.

O Cointelegraph procurou Rodrigo Marques para comentar as alegações do advogado, contudo, até a publicação desta reportagem não houve retorno.

LEIA MAIS