O Ministério Público Federal já notificou as exchanges Mercado Bitcoin e Bitcoin Trade para informar se as plataformas fazem custódia de Bitcoin e criptomoedas ligadas a integrantes do MBL (Movimento Brasil Livre) e alvo da  Operação Juno Moneta.

As informações foram compartilhadas com o Cointelegraph por uma pessoa ligada ao caso e que preferiu não se identificar.

Além das exchanges Mercado Bitcoin e Bitcoin Trade outras exchanges do Brasil também foram notificadas.

Porém, o pedido de bloqueio dos Bitcoins autorizados pela Justiça atinge outras pessoas além dos empresários que foram presos na operação.

Assim a Justiça está em busca de criptoativos ligados a Mário José Ferreira dos Santos, Sueli Liporacci Ferreira dos Santos, Alexandre Henrique Ferreira dos Santos, Alessander Monaco Ferreira e Carlos Augusto Moraes Afonso, além da pessoa jurídica Movimento Renovação Liberal (MRL)

Entenda o Caso

Como noticiou mais cedo o Cointelegraph, a Polícia Federal prendeu membros do MBL acusados de lavar dinheiro com Bitcoin e criptomoedas.

A operação acabou prendendo dois empresários ligados ao MBL (Movimento Brasil Livre) por suspeita de envolvimento no desvio de mais de R$ 400 milhões.

Assim, segundo o Ministério Público Federal, as acusações são de que o MBL recebia "doações de forma suspeita" por meio de "cifras ocultas".

No entanto para "maquiar" os valores o MBL se "uniu" ao MRL (Movimento Renovação Liberal), criando uma "confusão" nos repasses para ocultar os bens.

"As evidências já obtidas indicam que estes envolvidos, entre outros, construíram efetiva blindagem patrimonial composta por um número significativo de pessoas jurídicas, tornando o fluxo de recursos extremamente difícil de ser rastreado, inclusive utilizando-se de criptoativos e interpostas pessoas", afirmou o MP em nota.

Vaquinha

Segundo os dados compilados na representação, foi instaurado no GEDEC procedimento investigatório criminal a fim de apurar prática de lavagem de dinheiro cometida por integrantes, fundadores e doadores da organização denominada Movimento Brasil Livre (MBL).

Assim, de acordo com o Ministério Público, a prática ocorria por meio de frequentes doações online via Superchat do Youtube, plataforma digital utilizada pelo Movimento para expor suas ideias e dialogar com seus simpatizantes.

Além disso, também seriam utilizadas “vaquinhas online” e constituição de diversas empresas pelos fundadores do Movimento Renovação Liberal (associação privada relacionada ao MBL), as quais, em sua maioria, não possuíam funcionários cadastrados.

Confira a decisão completa que pede o bloqueio de Bitcoins em exchanges

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