A Polícia Federal prendeu membros do MBL acusados de lavar dinheiro com Bitcoin e criptomoedas.
Segundo informações compartilhadas com o Cointelegraph pela Receita Federal a operação da PF ocorreu na manhã desta sexta-feira (10/7).
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Assim, chamada de Operação Juno Moneta, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão e de prisão expedidos pela Justiça do Estado de São Paulo.
Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão.
As ações ocorrem na cidade de São Paulo, exceto um mandado de busca e apreensão, que está sendo cumprido em Bragança Paulista (SP). Além da Receita Federal, participam da operação o Ministério Público do Estado de São Paulo e a Polícia Civil do Estado de São Paulo.
As equipes da Receita Federal são compostas por cinco auditores-fiscais e oito analistas-tributários.
Lavagem de dinheiro
A operação acabou prendendo dois empresários ligados ao MBL (Movimento Brasil Livre) por suspeita de envolvimento no desvio de mais de R$ 400 milhões.
Assim, segundo o Ministério Público Federal, as acusações são de que o MBL recebia "doações de forma suspeita" por meio de "cifras ocultas".
No entanto para "maquiar" os valores o MBL se "uniu" ao MRL (Movimento Renovação Liberal), criando uma "confusão" nos repasses para ocultar os bens.
A operação, realizada em conjunto pelo MP e Receita Federal, prendeu Alessander Mônaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso (conhecido pelo pseudônimo Luciano Ayan nas redes sociais).
"As evidências já obtidas indicam que estes envolvidos, entre outros, construíram efetiva blindagem patrimonial composta por um número significativo de pessoas jurídicas, tornando o fluxo de recursos extremamente difícil de ser rastreado, inclusive utilizando-se de criptoativos e interpostas pessoas", afirma o MP em nota.
Ainda segundo o MP, parte do dinheiro também era "lavado" utilizando o Google.
Assim por meio da plataforma "Google Pagamentos" o esquema era realizado e os valores ocultado em diversas transações entre as empresas.
Porém o Ministerio Público não detalhou como o esquema funcionava usando o Google Pagamentos.
A operação Juno Moneta, faz referência ao antigo templo romano, onde as moedas eram feitas.
O MBL nega as acusações e diz que os empresários não são integrantes do grupo.
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