O Bitcoin (BTC) ficou a 0,25% de renovar sua máxima histórica na semana encerrada no domingo, 4 de novembro. Após falhar em romper a marca de US$ 73.750 registrada em março, a maior criptomoeda do mercado recuou a mínimas de US$ 67.463, mas, apesar da correção, consolidou uma vela verde de 1,2% no fechamento semanal.

Às vésperas das eleições nos EUA, a correção foi atribuída à queda na probabilidade de que o candidato republicano pró-cripto Donald Trump seja eleito presidente. A vantagem do ex-presidente sobre Kamala Harris, que chegou a ser de 34 pontos em 30 de outubro, um dia depois de o preço do Bitcoin atingir máximas locais de US$ 73.565, atualmente está reduzida a 17 pontos, de acordo com dados do Polymarket.

Probabilidades de vitória de Donald Trump e Kamala Harris nas eleições presidenciais dos EUA. Fonte: Polymarket

Por sua vez, as pesquisas mostram uma polarização absoluta, tornando imprevisível o desfecho da disputa – e, consequentemente, a reação dos mercados. À medida que crescem as especulações sobre o próximo presidente dos EUA, emergem duas opiniões consensuais entre os analistas.

A volatilidade dará as cartas nos mercados nos próximos dias, com possibilidade de ralis ou correções em função dos resultados nas urnas. A expectativa é que o preço do Bitcoin possa oscilar em até 10%, para cima ou para baixo, até a sexta-feira, data em que o vencedor das eleições deve ser reconhecido.

No longo prazo, no entanto, o preço do Bitcoin está bem encaminhado para manter-se em tendência de alta. Especialmente porque as condições de liquidez que costumam impulsionar a cotação do par BTC/USD estão alinhadas para favorecer o movimento ascendente.

Embora os indicadores macroeconômicos estejam recebendo menos atenção dos traders e analistas, a semana também será marcada pela reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), na quinta-feira, 7 de novembro.

Após a divulgação de dados de abertura de novas vagas de emprego nos EUA muito abaixo das previsões dos especialistas na sexta-feira, é unânime que uma redução de 0,25% nas taxas de juros será confirmada pelo FOMC.

Dados da FedWatch Tool da Bolsa Mercantil de Chicago (CME) apontam 99,8% de chances para que isso aconteça, reafirmando a flexibilização na política monetária do Banco Central dos EUA (Fed).

Enquanto isso, um corte adicional de 0,25% é esperado por 82,8%, com os juros fechando o ano na faixa de 4,25% a 4,5%. Apenas 17,1% acreditam que o FOMC manterá os juros inalterados na última reunião do ano, marcada para 18 de dezembro.

Análise de preço do Bitcoin

O preço do Bitcoin abriu a semana buscando novas mínimas abaixo dos US$ 68.000, um nível de sustentação importante para impedir novas mínimas no curto prazo, afirmou Diego Pohl, analista da Crypto Investidor

"O Bitcoin inicia a semana testando uma região importante de suporte, juntamente com a média de 21 períodos no gráfico diário, cuja quebra poderá estender a correção até os US$ 65.300."

Pohl ressaltou que, caso uma correção abaixo dos níveis atuais se confirme, é importante estar atento ao comportamento do Índice de Força Relativa (RSI) do Bitcoin no gráfico diário. 

"Com a possível pressão em níveis mais baixos, a tendência é que ocorra novamente um teste na linha de tendência de alta (LTA) do RSI, que vem servindo como um ótimo indicador de tendência para o movimento atual do BTC", afirma o analista.

O RSI tem se mantido em tendência de alta desde a marcação do fundo provocado pela crise do Iene Carry Trade em 05 de Agosto", destaca o analista. 

A manutenção de ambos os suportes no curto prazo favorecem a continuidade do movimento de alta do Bitcoin. O analista projeta os próximos alvos de preço do Bitcoin "na região entre US$ 86.000 e US$ 95.000."

Posteriormente, poderia haver um impulso adicional rumo à faixa de US$ 100.000 a US$ 150.000, marcando um potencial topo do atual ciclo de alta, conforme delineado no gráfico abaixo.

Gráfico diário anotado BTC/USDT (Binance) com RSI. Fonte: Crypto Investidor

A quebra do suporte provavelmente devolveria o Bitcoin à faixa dos US$ 60.000, abrindo espaço para uma nova fase de consolidação lateral, como a observada entre março e outubro deste ano.

Após a liquidação de US$ 200 milhões em posições compradas de BTC nos mercados de derivativos, analistas reforçaram a importância da manutenção da resistência na faixa entre US$ 65.000 e US$ 69.000, permitindo que o Bitcoin teste novamente sua máxima histórica de US$ 73.750, conforme noticiado recentemente pelo Cointelegraph Brasil.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletem as posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar uma decisão.