A Polícia Civil do Rio Grande do Sul apreendeu R$ 260 mil em criptomoedas na última quarta-feira (16) durante a Operação Timeo, com objetivo de desarticular um grupo suspeito de extorsão e lavagem de dinheiro, praticados contra empresários do ramo de compra e venda de veículos no Vale do Rio dos Sinos.
Segundo a polícia, a ação da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de São Leopoldo contou com cerca de 60 policiais. Os agentes cumpriram 11 mandados judiciais de busca e apreensão, sendo cinco em Novo Hamburgo, um em São Leopoldo, dois em Portão, um em Cachoeirinha, um em Porto Alegre e um em Imbé. Durante a ação, uma pessoa foi presa em flagrante por posse ou porte de arma de fogo.
Além da apreensão das criptomoedas, a Justiça decretou o bloqueio de contas bancárias no total de R$13.373.783,00 de 11 suspeitos. A investigação apontou a a existência de um esquema de lavagem de dinheiro proveniente de extorsões em série, praticadas contra empresários de Estância Velha, Novo Hamburgo, Ivoti, Sapiranga, Portão e diversas outras cidades do Vale do Rio dos Sinos. O grupo investigado utilizava parentes e comparsas para transferir os valores ilícitos por meio do sistema bancário.
Dez investigados e uma pessoa jurídica são alvos desta fase, pelo envolvimento com presos da Operação Timeo, em fase anterior. Esses indivíduos já se encontram recolhidos ao sistema prisional, em virtude de prisões preventivas decretadas em razão das extorsões praticadas nos municípios da região.
De acordo com informações publicadas pelo Correio do Povo, entre os suspeitos estaria uma professora da rede estadual de ensino, apontada pela polícia como integrante do esquema. Ela teria lavado R$ 5 milhões, provenientes de extorsão, em contas bancárias. A educadora teria sido um dos alvos dos mandados de busca e apreensão.
No final de março, a Polícia Federal (PF) prendeu um suspeito e bloqueou um site que recebia criptomoedas por publicidade e era turbinado por séries e filmes piratas. No interior de São Paulo, um espanhol conseguiu escapar de uma cativeiro. Apesar da fuga, Rodrigo Perez Aristizábal alegou que teve US$ 50 milhões em criptomoedas roubados, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.
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