A Parfin, fintech focada em Crypto as a Service (CaaS) como custódia, negociação e tokenização, anunciou esta semana a criação da blockchain Rayls, uma solução em blockchain que pode ser usada de forma permissionada, voltada a casos de usos como o Drex, a versão brasileira de moeda digital emitida por banco central (CBDC), e pública, como solução de camada 2 (L2) para a rede Ethereum, o que permite a integração com as finanças descentralizadas (DeFi).

Segundo informações veiculadas pelo Valor nesta quinta-feira (20), uma das ideias da Rayls, que substitui a antiga rede da Parfin, a Parchain, é possibilitar a integração entre instituições financeiras que compõem o Drex e a DeFi.

Foi o que explicou o cofundador da fintech Alex Buelau ao destacar que, embora a plataforma tenha sido desenvolvida para servir como infraestrutura de privacidade, um dos principais entraves ao avanço do Drex por causa da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o desenvolvimento do mercado de criptomoedas levou a empresa a abarcar outros casos de uso para o desenvolvimento da Ralys.

Buelau lembrou que a solução atual permissionária do Banco Central (BC) para o Drex, a Hyperledger Besu, não tem integração com blockchains públicas, com Ethereum, Bitcoin e Solana. O que pode ser viabilizado pela Rayls a fim de permitir o acesso das instituições a mercados como jogos e tokens não fungíveis (NFTs), além dos diversos protocolos DeFi. Entre eles exchanges descentralizadas (DEX) como a Uniswap e protocolos de empréstimo.

Por outro lado, nesse segundo caso de uso, observou o executivo, a conexão entre as carteiras requer KYC (conheça seu cliente na sigla em inglês), com objetivo de evitar que a Rays seja usada para o cometimento de delitos, como lavagem de dinheiro.

Em relação ao caso de uso permissionado, adiantou Alex Buelau, a Rays deve ser testada junto com outra solução, a ZKP Nova, da Microsoft.

ABcripto e Invest.Rio

Em outubro do ano passado a Parfin se tornou associada da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto), que acaba de fechar uma parceria com acordo com a Invest.Rio, agência de promoção e atração de investimentos da cidade do Rio de Janeiro, voltado à educação financeira e desenvolvimento da criptoeconomia na capital fluminense.

A parceria estabelece o desenvolvimento e a execução de programas educacionais com foco na formação de professores em educação financeira e conscientização sobre o tema para a população. O acordo também prevê iniciativas que incluem intervenções educacionais, pesquisas, eventos, workshops, concursos, campanhas e cursos para promover uma maior compreensão e adoção responsável da criptoeconomia, por meio de plataformas eletrônicas.

Por sua vez, a Parfin foi selecionada no final de maio pela Mastercard para o programa ‘Start Path Blockchain and Digital Assets’, cujo objetivo é impulsionar experiências de usuário mundialmente e expandir casos de uso que demonstrem o poder da tecnologia blockchain, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.