Os traders de alavancagem de venda a descoberto (shorts) de criptomoedas, apostadores do mercado que acabam forçando a queda de preços pela compra massiva de criptoativos por meio de financiamentos, os quais são quitados posteriormente quando as baixas ocorrem, quando o oposto não acontece e liquida estes players, parecem ter exagerado na dose em relação ao Ethereum (ETH). O que, na prática, pode ter representado uma queda abrupta e artificial da altcoin que, agora, estaria prestes a fazer o caminho inverso e imprimir uma nova alta de preços.

A afirmação foi feita pela plataforma de análise on-chain Santiment na última terça-feira (30) em uma publicação no Twitter em que a empresa apontou para uma queda da taxa de financiamento nas exchanges para o valor mais extremo desde junho. 

“A descrença do #Ethereum é forte dos traders durante uma semana de negociação particularmente volátil. A multidão #shortou, nas exchanges, na maior proporção desde junho de 2021. Historicamente, os aumentos de preços são mais prevalentes nessas condições”, escreveu a Santiment.

Para o analista de criptomoedas Michaël van de Poppe, apesar da redução das taxas de financiamento, o preço do Ether continua subindo. Em publicação no Twitter, ele sugeriu aos seus quase 625 mil seguidores que há uma espécie de movimento para forçar uma descrença em torno do Ethereum nos dias que antecedem o The Merge, quando a rede deixará o mecanismo de prova de trabalho (PoW) e passará a usar a prova de participação (PoS). 

O financiamento em $ ETH permanece extremamente negativo, enquanto o $ ETH está subindo.

“As pessoas estão ansiosas para vender $ETH como:
- As expectativas são de que a fusão falhará.
- É um rali de alívio do mercado de urso.
- Os mercados só vão cair ainda mais para baixo.
A dor máxima está no lado positivo.
Bom gráfico,
@Qdiepeveen”, disse. 

Ele se mostrou otimista em relação a uma eventual alta do ETH em direção aos US$ 2.200 com a implantação do The Merge, mesmo que o Bitcoin (BTC) não consiga se recuperar no curto prazo. 

“Novos testes decentes em todos os mercados acontecendo e o $ETH, por exemplo, ainda está no caminho para US $ 2.200, já que um dos maiores eventos está se aproximando -> the Merge.
Ainda espero a continuação dessa estrutura ascendente, independentemente de o #Bitcoin varrer US$ 19 mil por liquidez”, argumentou. 

Van de Poppe ainda avaliou os gráficos e disse acreditar em um novo rali do Fantom (FTM), que era trocado de mãos pouco abaixo de US$ 0,27 e com recuo de 4,1%. Segundo o “guru dos gráficos”, o token da rede rival da Ethereum precisaria superar a resistência de US$ 0,29 para um novo rali, que poderia elevar o preço do token em cerca de 30% em relação ao preço atual.

“Este parece pronto para continuação, que é semelhante a todo o mercado.
Ele precisa quebrar e virar $ 0,29 e então $ 0,35 é possível”, disse. 

O THETA, token da plataforma de distribuição de vídeo peer-to-peer (P2P), ponto a ponto, Theta Network, que era negociado a US$ 1,14 com retração de 3,2%, precisaria quebrar a resistência de US$ 1,20 para chegar a US$ 1,60.  

“Esta é muito simples, assim como muitas moedas aqui.
Procurando por 2 gatilhos:
– Ou varredura de pontos baixos e recuperação.
– Quebre acima de US$ 1,20 para o gatilho de continuação.
Meta então: $ 1,60”, explicou. 

Para o Skale Network (SKL), uma solução de dimensionamento da Ethereum, cotado pouco acima de US$ 0,047 e com retração de 3%, o trader traçou uma linha pouco acima de US$ 0,082 a partir do valor do token antes de sofreu uma grande correção, no final de maio. Caso a reversão aconteça, o SKL poderia experimentar um rali em torno de 75%. Mas ele deixou claro que, para isso acontecer, o SKL precisaria de um gatilho. 

“Solicitação 4 - $SKL
Nada mudou aqui e muito parecido com $THETA.
Esperando pacientemente por qualquer gatilho, mas esses gatilhos podem acelerar bastante rápido”, finalizou. 

Quem não teve problema com gatilhos foi a criptomoeda de game blockchain que saltou 952% no mês, após listagem em exchanges e lançamento de NFTs, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil. 

LEIA MAIS: