Para Mel Gelderman, CEO da token.com, apesar da recente baixa no mercado de criptomoedas e dos temores de uma recessão global, a revolução que os criptoativos vão promover em todo o mundo estão apenas começando.

Segundo ele, o Bitcoin deu origem a uma variedade de bifurcações e permutações, enquanto o Ethereum foi pioneiro em contratos inteligentes e no nascimento de finanças descentralizadas e NFTs, "tecnologias tão revolucionárias que poderiam ser tão disruptivas quanto a imprensa ou a própria Internet".

Gelderman também destaca que se era difícil acompanhar as criptomoedas nos primeiros dias, agora é quase impossível.

"Temos dezenas de milhares de tokens, dezenas de blockchains e inúmeros casos de uso interessantes. Em 2030, o número de tokens e as maneiras como os usamos nas blockchains explodirão", afirma.

Nesta linha ele destaca que a tokenização oferecerá muito mais casos de uso nos próximos anos. Segundo ele, é provável que alguns dos casos de uso mais promissores para tokens ainda não existam.

"Haverá tokens para tudo, e podemos ter certeza de que eles transformarão a maneira como os humanos interagem uns com os outros e com o mundo", disse.

Futuro tokenizado

O executivo aponta no entanto que para que o futuro tokenizado atinja seu potencial é preciso eliminar a barreira de entrada de novos usuários nesta nova economia.

"O mercado de criptomoedas está atualmente em queda, mas minha convicção nas maneiras como os tokens podem mudar nossa sociedade nunca foi tão forte. O quadro geral aqui é um mundo mais livre que moldamos coletivamente com nossas escolhas de investimento. É um mundo onde todos podem ser empoderados pelo dinheiro e o campo de jogo é nivelado para todos - e esse é definitivamente um mundo pelo qual vale a pena lutar", finaliza.

Na mesma linha de Gelderman, Markos Fortes, Co-CEO da allnft{lab}, dstaca que o futuro passa pela Web 3 e que, com ele, as criptomoedas devem ganhar ainda mais notoridade.Ele aponta que a WEB1 foi o primeiro estágio do que conhecemos de internet.

"Lá pela década de 90, quando ainda usávamos a internet discada, éramos apenas consumidores de conteúdo e nossa interação era muito limitada. Ainda não havia uma grande preocupação sobre privacidade e armazenamento de dados dos usuários e ainda escrevíamos nossas informações em cada serviço que a gente consumia", disse.

Desse modo, com o aumento da acessibilidade da internet para grande massa houve uma transição entre usuários que eram apenas consumidores para usuários que produziam conteúdo e interagem muito mais entre si.

"Nesse cenário, grandes empresas detém os dados de seus usuários e já há uma preocupação maior por privacidade. Isso é o que chamamos de Web2, uma internet onde não temos controle sobre nossos dados", destaca.

Portanto, nesta linha de evolução apontada pelo especialista, a Web3 é a ideia de um futuro de internet em que, através de tecnologias baseadas em blockchain, o usuário tem controle total sobre seus dados

"Além disso, é um cenário muito interessante e rico em oportunidades. Seja através de contratos inteligentes, finanças descentralizadas ou novos modelos de governança, estamos experimentando o início de uma internet promissora e democrática, com infinitas possibilidades", destaca.

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