Após flertar com nova máxima histórica e as criptomoedas subirem até 52% após o Big Beautiful Bill, o Bitcoin (BTC) orbitava US$ 109 mil (+1,5%) na manhã desta quinta-feira (3). Enquanto isso, especialistas alertavam no X que o benchmark cripto está próximo de um crash, já que o atual ciclo de alta está perto do fim.
Ali Martinez se apoiou no Indicador Sequencial Tom DeMark (TD), que explora o comportamento de preço a partir de nove a 13 velas anteriores, para sugerir um derretimento de até 63% em relação ao patamar atual.
Esse indicador previu todas as grandes quedas do Bitcoin!, alertou.
This one indicator has predicted every major Bitcoin $BTC crash! pic.twitter.com/0f0q5AO2zv
— Ali (@ali_charts) July 1, 2025
Martinez acrescentou que, “em 2015 o mesmo sinal apareceu e o Bitcoin caiu 75%. Em 2018, a mesma situação, o mesmo resultado – o Bitcoin despencou mais de 85%”.
Em outra publicação, ele usou dados da plataforma de análise CryptoQuant para reforçar a queda do BTC:
A demanda aparente por Bitcoin caiu para -37.000 BTC, sinalizando um declínio acentuado no interesse de compra!”
Apparent demand for Bitcoin has dropped to -37,000 $BTC, signaling a sharp decline in buying interest! pic.twitter.com/MHAcr3jZGJ
— Ali (@ali_charts) July 1, 2025
No YouTube, o pseudônimo Rekt Capital observou que o pico do BTC no atual ciclo de alta pode ser alcançado em alguns meses, a um nível de US$ 140 mil até outubro, porém com um risco de correção antes desse topo. Para ele, “se pensarmos que este é o ciclo completo que já vimos em termos de alta, do fundo do mercado em baixa até o topo do mercado em alta, e potencialmente esta alta adicional, potencialmente ao longo de um período de dois a três meses extras”.
Isso apenas nos mostra que talvez tenhamos uma pequena fração de tempo e expansão de preço restante em comparação com a expansão de preço e o tempo que já vimos decorrer ao longo deste ciclo, que se resume a esse número de 88%, completou.
Alta do Bitcoin
Pelo lado otimista, o CEO da exchange brasileira Coinext, José Artur Ribeiro, apontou uma nova conjuntura promissora para as criptomoedas, que deve fazer o mercado atingir recordes em breve. Segundo ele, os avanços regulatórios recentes nos Estados Unidos, com a aprovação do STABLE Act, o avanço do GENIUS Act, o lançamento de novos fundos negociados em bolsa (ETFs) e a Comissão de Valores Mobiliários (SEC) cada vez mais comprometidos com as criptomoedas criam um ambiente jurídico mais claro e incentivo para o crescimento do mercado.
Ribeiro disse ainda que, com esse novo cenário institucional, aliado ao enfraquecimento da guerra tarifária e à entrada de capital via ETFs (US$3,75 bilhões desde 12 de junho), vemos uma conjuntura que favorece a retomada do otimismo e da alocação em ativos digitais.
Se as condições macroeconômicas permanecerem relativamente negativas e a liquidez global continuar se expandindo, projetamos um cenário em que o mercado pode não apenas retomar o topo de 2024, mas alcançar uma capitalização total próxima a US$ 4 trilhões ainda em 2025, avaliou.
Para o especialista, mesmo com cortes de juros cada vez menos prováveis antes do último trimestre deste ano e instabilidades globais, o BTC tem se sustentado e vem acumulando força para novos movimentos expressivos.
Essa semana, uma análise da Santiment também destacou a tendência de alta do Bitcoin no curto prazo com a aprovação do "One Big Beautiful Bill Act", um projeto de lei proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que prevê o corte de impostos, mas que tem a levação da dívida do país como efeito colateral, o que pode criar problema para o BTC no longo prazo, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.
Este artigo não contém conselhos ou recomendações de investimento. Todo investimento e negociação envolve riscos, e os leitores devem realizar sua própria pesquisa ao tomar uma decisão.