O Ministério Público Federal abriu uma investigação para apurar denúncias contra a empresa de investimentos em criptomoedas Binary Bit, que pode ter um rombo de mais de R$ 80 milhões e hoje já reune 27 mil clientes com saques bloqueados. A notícia é do UOL.
Segundo a matéria, a Binary Bit, que também tem um processo aberto na Comissão de Valores Mobiliários, oferecia rendimentos "garantidos" de até 3% ao dia, uma das principais características de esquemas fraudulentos.
Segundo o procurador de Justiça Paulo Marco Ferreira Lima, um dos responsáveis pela investigação, a empresa pode ter gerado um prejuízo de R$ 80 milhões. Porém, um dos proprietários da empresa teria afirmado que a dívida atualmente é de R$ 8 milhões.
Em resposta à matéria, Ricardo Toro, conhecido como um dos donos da Binary Bit, disse que não poderia falar sobre a dívida ou a investigação, pois lidaria apenas com o atendimento aos clientes. Ele, porém, prometeu em nome da empresa saldar todas as dívidas:
"Houve má gestão do capital, mas eu não movimentava o dinheiro das pessoas e não entendia como o lucro era obtido, por isso não posso adivinhar onde está a grana. Os outros dois sócios, que foram embora para Lisboa (sede da empresa), eram os responsáveis pela parte financeira".
No Brasil, a Binary Bit tinha uma sede em Salvador, onde foi alvo de protestos em outubro. A empresa, que "apostava" no marketing multinível para investimentos em Bitcoin, chegava a oferecer rendimento de 300% em até 200 dias, uma prática totalmente fora da realidade do mercado cripto.
As notícias sobre a empresa ganharam mais gravidade na última semana. Um dos sócios da Binary Bit, Marcos Monteiro postou um vídeo no Instagram em que dizia para clientes "esquecerem os pagamentos", dizia que havia sido ameaçado de morte e dizia ainda querer matar Ricardo Toro, que seria responsável pelas ameaças.
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