O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Púiblico do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e agentes da 134ª Delegacia de Polícia, de Campos dos Goytacazes, prenderam no último final de semana Gilson Vianna, um dos quatro alvos de mandados de prisão da Operação Príncipe do Bitcoin, iniciada na última quarta-feira (25) na cidade do norte fluminense com objetivo de desmantelar uma pirâmide financeira baseada em criptomoedas.

Segundo as investigações, Gilson Vianna fazia parte da área de tecnologia da informação do grupo através da simulação de contas e captação de clientes. Além dele, foram indiciados Gilson André dos Santos, Ana Claudia Contildes e Ana Paula Contildes -  Ana Claudia seria companheira de Gilson André e mãe de Ana Paula. Os três também tiveram a prisão decretada e são considerados foragidos.

Outro alvo da Operação Príncipe do Bitcoin é o pastor Fabrício Nogueira, que, segundo o MP, atuava como trader, investindo no mercado financeiro e captando clientes. A investigação apontou que o religioso trocava constantemente de carro e realizava viagens rotineiras para ostentar riqueza e atrair mais vítimas para o golpe. Entretanto, não há mandado de prisão contra o pastor.

De acordo com as investigações, a suposta quadrilha agia desde 2016 por meio da empresa A.C Consultoria e Gerenciamento Eireli, cofundada por Gilson André e Ana Claudia. A empresa teria lesado, pelo menos, 43 pessoas com a promessa de lucro altíssimo sob o investimento aplicado. A pedido da Gaeco, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 1.964.815,96 incluindo criptoativos e moedas estrangeiras, para ressarcir as vítimas.

O MP afirmou que a empresa abria contas para os investidores e realizava operações no mercado financeiro por meio de contas “copy”, com a promessa de retornos mensais de 15% a 30% sob os investimentos em criptomoedas. O que era cumprido no início dos aportes como estratégia de dar “higidez” ao negócio, termo do Direito que se refere a atos que se encontram de acordo com a legislação. Já as contas “copy” eram cópias de outras contas, que permitiam aos criminosos realizarem investimentos, incluindo compra e venda de criptomoedas.

No início de outubro, a polícia de Santa Catarina prendeu suspeitos de fazerem uma família refém para extorquir R$ 1,2 milhão de um empresário, incluindo criptomoedas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil

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