A Itaú Asset, gestora com mais de R$ 1 trilhão de ativos sob gestão, anunciou a criação de uma divisão dedicada exclusivamente a criptoativos, visando ampliar sua oferta de produtos vinculados ao setor.

A nova equipe será comandada por João Marco Braga, que até março ocupou o cargo de diretor de gestão de portfólio da Hashdex, gestora líder no mercado brasileiro de ETFs e fundos de criptoativos.

Sua missão será expandir o portfólio de produtos de investimento em criptoativos da Itaú Asset. Atualmente, a gestora oferece cinco produtos atrelados parcial ou integralmente a criptoativos, que somam aproximadamente R$ 850 milhões em investimentos.

“Enxergamos nos criptoativos um grande potencial de diversificação em relação às aplicações tradicionais,” afirmou o CEO da Itaú Asset, Carlos Augusto Salamonde, em comunicado à imprensa.

Os principais destaques do portfólio de criptoativos da Itaú Asset são o BITI11, ETF que oferece exposição ao Bitcoin por meio do índice Bloomberg Galaxy Bitcoin, o Itaú Blockchain, um fundo temático composto por 50 empresas vinculadas ao setor, incluindo a exchange de criptomoedas Coinbase e o CME Group (Bolsa Mercantil de Chicago), e o Fundo de Previdência Itaú Flexprev Bitcoin, voltado para investidores que querem incorporar os criptoativos ao seu plano de aposentadoria. Com uma composição híbrida, o fundo limita a exposição ao Bitcoin a 40% por meio do BITI11, enquanto o restante é aplicado em fundos de renda fixa atrelados ao CDI.

Os novos produtos oferecerão formas alternativas de exposição aos criptoativos, como derivativos e renda fixa baseada em staking, para capturar o potencial de valorização no longo prazo e a volatilidade desse mercado, antecipou Braga.

A divisão de criptoativos da Itaú Asset será integrada à estrutura de Multimesas, que possui US$ 117 bilhões em ativos sob gestão.

Itaú aposta na adoção de criptomoedas

O Itaú, maior banco da América Latina, tem se posicionado estrategicamente como líder na adoção de criptoativos entre as instituições financeiras de grande porte no Brasil. O banco facilita o acesso de investidores que buscam exposição a essa classe emergente de ativos com segurança e conformidade regulatória por meio de uma plataforma de negociação incorporada ao seu aplicativo.

Recentemente, o Itaú expandiu sua oferta de criptoativos, com a inclusão de Aave (AAVE), Avalanche (AVAX), Chainlink (LINK), Polygon (MATIC) e Litecoin (LTC).

Com isso, os clientes do Itaú passaram a ter acesso à negociação direta de dez criptoativos, incluindo também Bitcoin (BTC), Ether (ETH), Ripple (XRP), Solana (SOL) e a stablecoin atrelada ao dólar USD Coin (USDC).

O investimento mínimo é de R$ 10 e a taxa cobrada é de 2,5% por transação. A custódia fica sob responsabilidade do próprio Itaú e os criptoativos não podem ser sacados para carteiras externas.

O banco estuda a possibilidade de liberar essa funcionalidade no futuro, a partir do avanço da regulação no país e da implementação de regras para a atuação de Prestadoras de Serviço de Ativos Virtuais (PSAVs), conforme noticiado pelo Cointelegraph Brasil.