O governo federal, por meio do Conselho Gestor do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel), do Ministério das Comunicações, publicou nesta segunda-feira (2) os repasses ao Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD). No total são quase R$ 60 milhões de 2025 a 2027.

De acordo com a publicação, a entidade concedente, Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que é agente financeiro do Funttel, repassará R$ 15 milhões em 2025, R$ 21.189.224,35 em 2026 e R$ 22.783.500,00 em 2027, distribuídos entre os Projetos do Plano de Aplicação de Recursos para esse período.

Nesse caso, os recursos serão distribuídos entre projetos contratados em fase de execução, projetos a serem contratados em 2025 e recursos humanos. No primeiro caso, entre o fatiamento dos recursos desse ano para projetos em execução estão R$ 7.307.000,00 para o triênio, que contemplam “Segurança, privacidade, inclusão e qualidade na telemedicina no contexto da Web3.0 (5GSAÚDE)”.

Os objetos desse aporte são para “desenvolvimento de um conjunto de aplicações para o setor de saúde, baseadas nas tecnologias blockchain, Identidade Digital Descentralizada (IDD), Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial (IA) e 5G, assim como a realização de testes pilotos em ambiente relevante para validação das aplicações e das tecnologias utilizadas”.

A IA também aparece dentro de um pacote de R$ 18 milhões em três anos para o Projeto Inteligência Artificial Generativa em Telecomunicações (TELCOAI), cujos objetivos são “pesquisar, desenvolver e demonstrar um conjunto de componentes tecnológicos e aplicações para as empresas prestadoras de serviços de telecomunicações, usando abordagens tecnológicas de IA Generativa (GenAI), abrangendo também a realização de provas de conceito em ambientes relevantes”.

Entre as iniciativas contemplados estão R$ 16.818.000 em três anos para o Projeto Tecnologias Descentralizadas para maior Confiança na Internet (TeDesCon), cujos objetivos são “pesquisar e desenvolver tecnologias e arquiteturas que sigam um modelo descentralizado a fim de proporcionar um elevado nível de confiança e de segurança na internet. É também objetivo do projeto desenvolver aplicações de interesse público, tais como identidade digital para acesso a serviços digitais para o cidadão, e aplicações voltadas ao setor de comunicações”.

Os aportes ao CPQD também incluem R$ 18.700.000 em trÊSs anos para o Projeto Evolução em Redes Abertas rumo ao 6G (ERA 6G), que se destinam à prospecção e desenvolvimento de uma infraestrutura de rede 6G com motor de inteligência artificial e com tecnologias para funções de rede virtualizadas que possibilitem redes de alto desempenho aderentes ao 6G, com o benefício de serem abertas, desagregadas e altamente programáveis.

No rol das as iniciativas abarcadas com os recursos estão Redes Ópticas de Transporte, Acesso e xHaul do Futuro (ROTA-X), Ações Estratégicas para Redes Futuras (AERF) e Gestão de Redes 4.0 (GR 4.0).

Recentemente, um deputado também apresentou um projeto que prevê a adoção de blockchain para abertura de empresas em 48 horas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.