A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (12) a Operação Luxus com objetivo de investigar possíveis crimes financeiros, fraude e lavagem de capitais envolvendo investimentos em criptomoedas. O grupo investigado teria lesado mais de 400 pessoas em torno de R$ 50 milhões.

Segundo a PF, a  investigação teve início após denúncias de investidores que não conseguiam reaver os valores aplicados junto à empresa investigada. Segundo relatos, no início de 2025, o sócio da empresa alegou problemas com a exchange de criptomoedas e, desde então, deixou de pagar rendimentos e devolver os valores solicitados pelos clientes.

As apurações indicam que apenas uma pequena parte dos valores recebidos era realmente investida em criptomoedas, caracterizando um possível esquema de pirâmide financeira. Foi constatado aumento expressivo no patrimônio dos sócios e pessoas próximas, especialmente a partir de 2024, com indícios de aquisição de carros importados, viagens ao exterior, imóveis e outros bens de luxo.Estima-se que o prejuízo causado ultrapasse cinquenta milhões de reais, com mais de quatrocentas pessoas lesadas.

A PF relatou que cumpria doze mandados de busca e apreensão em Ponta Grossa (PR), incluindo residências dos sócios, operadores financeiros e beneficiários do esquema. Também foi cumprido um mandado de prisão preventiva contra o principal sócio da empresa investigada e um mandado de apreensão de veículo em Curitiba (PR).

Operação Protetor

No último domingo (8), uma ação conjunta entre a Polícia Militar do Paraná (PMPR), por meio do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFRON), e o Núcleo de Operações da Polícia Federal (NO/PF) de Cascavel (PR) resultou na apreensão de cerca de R$ 250 mil em equipamento de mineração de Bitcoin (BTC).

Nesse caso, a ação dos agentes aconteceu no âmbito da Protetor, na BR-277, em Santa Tereza do Oeste(PR). Durante a abordagem de um veículo VW/Saveiro, os policiais encontraram diversas unidades de mineradoras do tipo ASICs.

Segundo a polícia, o motorista foi interrogado e liberado, já que mineração de Bitcoin não configura qualquer crime. No entanto, o veículo e os equipamentos foram encaminhados à Receita Federal (RF) para apuração da origem dos equipamentos e averiguação de eventuais pendências fiscais de importação.

Na semana passada, a A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de São Leopoldo, deflagrou a sétima fase da Operação Timeo.

Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil, a ofensiva teve como objetivo combater crimes de extorsão e lavagem de dinheiro praticados contra empresários do ramo de compra e venda de veículos no Vale do Rio dos Sinos, incluindo o uso de criptomoedas.