Resumo da notícia:
Narco Bet objetivava o cumprimento de 11 ordens de prisão e 19 de busca e apreensão em quatro estados, além de bloquio de R$ 630 milhões.
Operação conta com apoio da Polícia Criminal Federal da Alemanha.
Além de Buleira, ação também resultou na prisão do empresário Rodrigo Morgado.
A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã desta terça-feira (14) o influencer Bruno Silva, o Buzeira, suspeito de integrar um esquema de lavagem de dinheiro vinculado ao tráfico internacional de drogas, através de criptomoedas e bets.
Batizada de Narco Bet, a operação objetivava o cumprimento de 11 ordens de prisão e 19 de busca e apreensão em Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Além disso, a Justiça também determinou o bloqueio de mais de R$ 630 milhões da suposta organização criminosa.
Segundo a PF, a operação também contou com a cooperação da Polícia Criminal Federal da Alemanha (Bundeskriminalamt – BKA), responsável pela execução de medida cautelar de prisão em face de um dos investigados atualmente localizado em território alemão.
A ação é desdobramento da Operação Narco Vela, que teve como foco a repressão ao tráfico de entorpecentes por via marítima a partir do litoral brasileiro. Segundo os investigadores, os criminosos usavam criptomoedas e faziam remessas internacionais para esconder a origem do dinheiro e do patrimônio. Parte dos valores era aplicada em empresas de apostas eletrônicas, as bets.
De acordo com a PF, os investigados podem responder pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa, com indícios de atuação transnacional.
Com mais de 15 milhões de seguidores nas redes sociais, Buzela foi preso Igaratá (SP), segundo informações da CNN. Além dele, a PF prendeu empresário Rodrigo Morgado, em local não divulgado.
Buzeira teve o nome citado no relatório final do caso VaideBet, que apontou o envolvimento do o ex-presidente do Corinthians, Augusto Melo, com agiotas, influencers e empresários de jogadores para financiamento de campanhas eleitorais do clube.
Em maio, o empresário Inauê Santiago negou ter usado criptomoedas para lavagem de dinheiro de repasses contratuais ao Corinthians. Questionado pela produção do Fantástico, o dono da Wave Intermediações e Tecnologias disse que fechou a empresa de criptomoedas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.