Resumo da notícia

  • Bitcoin cai para US$ 111 mil após saídas de ETFs.

  • Trump ameaça tarifas de 100% à China e pressiona o mercado.

  • Analistas veem suporte entre US$ 108 mil e US$ 115 mil.

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Preço do Bitcoin ao Vivo

13h

Matheus Parizotto, analista de research da Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual

O mercado de criptoativos segue tentando se recompor do crash da última sexta-feira. Desde então, o Bitcoin opera com alta volatilidade, buscando se firmar acima de US$ 110 mil. O driver dominante tem sido a disputa comercial EUA–China, que após uma sequência de sinais mistos e um breve alívio no final de semana, a resposta mais dura de Pequim voltou a pressionar preços desde a noite de ontem.

No curtíssimo prazo, a volatilidade deve continuar elevada enquanto as tarifas seguem ditando o humor do mercado. Ainda assim, o movimento se apresenta como janela de oportunidade tática para montagem de posição gradual nos principais criptoativos (BTC, ETH e SOL)

9h05

Marco Aurélio Moreira, CIO Vault Capital

O mercado também aguarda o discurso de Jerome Powell na reunião do FOMC. Até o momento, não há sinal de mudanças na política monetária, e qualquer comentário que indique alteração no ritmo dos cortes de juros pode aumentar a volatilidade no curto prazo.

Desse modo, o movimento de hoje é uma reação direta ao impasse comercial e deve manter o mercado instável até que haja clareza nas negociações entre China e EUA. O momento ainda pede paciência e leitura técnica o foco deve permanecer em como o preço se comporta nas zonas de suporte entre US$ 111 mil e US$ 107 mil.

8h30

O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta terça-feira, 14/10/2025, está cotado em R$ 611.060,13. Os touros não conseguiram segurar o preço do BTC em US$ 115 mil e uma nova queda para US$ 111 mil pegou o mercado de surpresa liquidando os traders em milhões.

Por que o preço do Bitcoin caiu hoje

Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, destaca que o principal gatilho da queda veio do cenário geopolítico. O ex-presidente Donald Trump anunciou que pretende impor tarifas de 100% sobre produtos chineses, caso volte à Casa Branca. A ameaça reacendeu o medo de uma nova guerra comercial, o que levou investidores a buscar refúgio em ativos tradicionais, como o ouro, que subiu para US$ 4.100 por onça.

A reação foi imediata: as bolsas dos Estados Unidos recuaram e o Bitcoin acompanhou o movimento. Como o mercado de criptomoedas opera 24 horas, o pânico se espalhou rapidamente, especialmente durante o fechamento das bolsas globais. O Bitcoin mantém hoje uma correlação de 0,6 com ações americanas, o que o torna sensível a momentos de fuga de risco.

Essa dinâmica também colocou em xeque a narrativa de “ouro digital”. Enquanto o metal precioso se valorizou, o Bitcoin perdeu terreno, mostrando que, em momentos de tensão, o dinheiro ainda prefere a segurança tradicional.

Mike Ermolaev, fundador da Outset PR, destaca que outro fator que pesou sobre a cotação foi a saída líquida de US$ 327 milhões dos ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos. O maior impacto veio do Grayscale (-US$ 228 milhões) e do Fidelity (-US$ 159 milhões). A BlackRock, mesmo com entrada de US$ 60 milhões, não conseguiu compensar as perdas.

Com menos demanda institucional, o Bitcoin perdeu o suporte em US$ 116 mil, o que gerou liquidações superiores a US$ 1 bilhão em posições alavancadas. Esse movimento acelerou a queda e forçou grandes fundos a reduzirem exposição ao ativo.

A retração dos ETFs mostra que, em períodos de incerteza macroeconômica, até os investidores institucionais optam pela cautela, enfraquecendo uma das principais fontes de liquidez do mercado.

Além dos fatores macro e institucionais, uma baleia do mercado ampliou a pressão vendedora. O investidor, que já havia lucrado US$ 192 milhões em operações anteriores, abriu uma nova posição vendida de US$ 392 milhões minutos antes do anúncio de Trump.

A transação levantou suspeitas de uso de informação privilegiada, segundo dados do Cryptopotato. A operação gerou um efeito em cascata: mais de 250 carteiras perderam o status de milionárias na corretora Hyperliquid.

Com o Índice de Força Relativa (RSI) em 43,7, o ativo mostra sinais de sobrevenda, mas ainda não há indícios claros de recuperação. Se o suporte de US$ 115 mil não se sustentar, analistas preveem um teste crítico na faixa de US$ 108 mil.

Bitcoin análise macroeconômica

André Franco, CEO da Boost Research, destaca que os mercados asiáticos mostraram cautela diante da escalada nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China. Mesmo com expectativas de um possível encontro entre os líderes ainda neste mês, muitos investidores duvidam de um acordo duradouro.

Enquanto isso, o ouro disparou para US$ 4.155,90 por onça como ativo de refúgio, enquanto o dólar permaneceu estável. O Bitcoin, cotado em aproximadamente US$ 113.500, apresenta expectativa de curto prazo neutra a levemente negativa. A forte valorização do ouro sugere realocação de capital em busca de proteção, o que pode reduzir parte da demanda por ativos de risco, como o BTC.

A manutenção de um dólar firme e a incerteza quanto à efetividade das negociações comerciais também atuam como fatores restritivos. Por outro lado, o fato de muitos riscos já estarem parcialmente precificados abre espaço para uma resistência técnica é possível consolidação lateral entre US$ 111.000 e US$ 116.000. Um catalisador dovish ou uma trégua comercial poderia desencadear recuperação; caso contrário, o preço pode testar níveis de suporte mais baixos.
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Bitcoin análise técnica

“Estamos claramente em uma fase de gestão de risco. Os fluxos institucionais se tornaram neutros ou negativos, e os traders alavancados praticamente saíram de cena”, explicou Timothy Misir, chefe de pesquisa da BRN. “O mercado agora é movido principalmente por realocações à vista e por manchetes macroeconômicas.”

O esvaziamento dos ETFs coincidiu com uma queda acentuada no interesse aberto dos derivativos, que caiu cerca de 77 mil BTC e 1,67 milhão de ETH desde sexta-feira. Essa retração mostra que traders alavancados estão recuando, reduzindo tanto o potencial de movimentos explosivos de alta, quanto o risco de quedas abruptas provocadas por liquidações em cascata.

No aspecto técnico, analistas destacam que o suporte psicológico de US$ 110 mil será decisivo. Se o preço fechar abaixo desse nível, pode abrir espaço para uma correção até a faixa entre US$ 104 mil e US$ 108 mil. Por outro lado, uma recuperação acima de US$ 115 mil e a retomada de entradas positivas nos ETFs poderiam devolver força ao ativo.

“A falta de alavancagem reduz a chance de squeezes violentos, mas também limita a velocidade de recuperação”, disse Misir. “O Bitcoin precisa de nova demanda à vista para sustentar qualquer movimento de alta.”

No ambiente macroeconômico, o mercado vive um cenário bifurcado: o ouro sobe para recordes, enquanto o S&P 500 avança 1,5%, impulsionado por expectativas de cortes de juros. Ao mesmo tempo, a China prometeu ‘lutar até o fim’ na guerra comercial após novas ameaças de tarifas por parte dos Estados Unidos.

Esse contexto reforça a aversão ao risco global e pressiona as criptomoedas, vistas como ativos especulativos em períodos de incerteza. Misir observa que a combinação de tensões comerciais, dólar forte e fluxos negativos de ETFs cria uma “tempestade perfeita” para o Bitcoin.

“O mercado está extremamente sensível às manchetes”, destacou o analista. “Qualquer novo sinal de escalada entre EUA e China pode provocar reprecificação imediata de risco, enquanto dados econômicos mais fracos nos EUA podem sustentar algum alívio de curto prazo.”

Por ora, a tendência permanece defensiva. O mercado parece entrar em uma fase de consolidação controlada, com menor participação de especuladores e mais atenção aos indicadores macroeconômicos. Como conclui Misir, “é hora de ficar ágil e disciplinado — o mercado está menos propenso a rompimentos limpos e mais dependente de liquidez e contexto global”.

Portanto, o preço do Bitcoin em 14 de outubro de 2025 é de R$ 611.060,13. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0016 BTC e R$ 1 compram 0,0000016 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 14 de outubro de 2025, são: MXY Finance (MXY), MemeCore (M) e PaxGold (PAXG), com altas de 10%, 2% e 1% respectivamente.

Já as criptomoedas que etão registrando as maiores baixas no dia 14 de outubro de 2025, são: Synthetix (SNX), Mantle (MNT) e Aster (ASTER) com quedas de -17, -16% e -15% respectivamente.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

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Este artigo não contém conselhos ou recomendações de investimento. Toda decisão de investimento e negociação envolve riscos, e os leitores devem realizar sua própria pesquisa antes de tomar uma decisão.