Em decisão proferida na última terça-feira (12), a Justiça Federal do Paraná, por meio de uma decisão do juiz Paulo Sergio Ribeiro, da 23ª vara federal de Curitiba, condenou Cláudio Oliveira, o 'Rei do Bitcoin', a oito anos e meio de prisão em regime fechado, além de multa, por estelionato e crimes contra o sistema financeiro nacional. Cláudio, que ainda pode recorrer da decisão, foi absolvido da acusação de organização criminosa.
Além dele, também são réus no processo a esposa do “Rei do Bitcoin”, Lucinara Oliveira, e Johnny Santos, suposto 'braço direito' de Cláudio. No caso de Lucinara, que também pode recorrer da decisão, ela foi condenada a dois anos e meio em regime aberto, além de pagamento de multa, enquanto Johnny foi absolvido de todas as acusações.
Preso desde julho do ano passado, Cláudio era responsável pelo Grupo Bitcoin Banco, que passou a ser investigada em 2019 quando ingressou com um pedido de falência com alegação de ter "perdido" 7.000 Bitcoin (BTC) que seriam de 7.000 investidores. O montante hoje é avaliado em US$ 300 milhões, ou pouco menos de R$ 1,5 bilhão.
De acordo com a Polícia Federal, o Rei do Bitcoin chamou atenção das autoridades Grupo Bitcoin Banco começou a bloquear os pedidos de retirada após supostamente atrair investidores com promessas de retornos diários exorbitantes.
Em novembro do ano passado, Cláudio Oliveira teve o terceiro pedido de liberdade negado em menos de um mês, ocasião em que impetrou sem sucesso um habeas corpus junto à 8.ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), que manteve a prisão preventiva do “Rei do Bitcoin” , suspeito de também aplicar golpes em Portugal antes de fundar o Grupo Bitcoin Banco no Brasil.
No final de 2021, o Tribunal de Justiça do Paraná promoveu um leilão de 57 lotes referentes a bens da massa falida da Bitcurrency Moedas Digitais, uma das empresas do Grupo Bitcoin Banco, de Cláudio José de Oliveira. Na ocasião, foram arrematados 50 lotes responsáveis pela arrecadação de um total de R$ 430,8 mil. Entretanto, os cinco lotes mais valiosos, contendo os carros de luxo do 'Rei do Bitcoin', não foram arrematados e acabaram suspensos por falta de lances ou cancelados, o que representa um valor total inicial de R$ 1,3 milhão.
Na Inglaterra, quem também está com problemas sérios com a Justiça é Richard Dexter, considerado o novo 'Golpista do Tinder'. Ele poderá ficar cerca de quatro anos atrás das grades após dizer ao juiz de um tribunal local que “perdeu o acesso a sua carteira de Bitcoin” contendo supostamente 200 mil libras esterlinas, fundos prometidos por ele como garantia de ressarcimento de cerca de 141,5 mil libras esterlinas, cerca de US$ 184 mil, montante transferido por uma executiva de Dubai que caiu em um golpe aplicado por Dexter, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.
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