Precificado a US$ 525,62 (+1,7%) no início da tarde desta quinta-feira (29), o META, ticker da gigante tecnológica Meta, acumulava 76,39% de valorização anual. Atribuída principalmente às operações da empresa relacionadas à inteligência artificial (IA), a alta representou um aumento de cerca de R$ 72 bilhões na fortuna do cofundador do Facebook Eduardo Saverin, que se tornou o brasileiro mais rico da história pela lista da Forbes.
Segundo a Forbes, o patrimônio do magnata paulistano orbitava R$ 83,5 bilhões no ano passado, pouco mais da metade dos atuais R$ 155,9 bilhões. Isso porque a companhia, que teve o nome mudado de Facebook para Meta, dona de plataformas de mídia social como Instagram e WhatsApp, vive o entusiasmo com a IA.
Para se ter uma ideia da expansão das participações do brasileiro, em maio de 2012, após a Oferta Pública Inicial (IPO), o Facebook alcançou avaliação de mercado de US$ 104 bilhões, montante que, embora fosse o maior da internet na época, atualmente representam 7,8% da atual capitalização de mercado da Meta, US$ 1,33 trilhão.
Em relação ao impulso protagonizado pela IA nos últimos meses, no final de julho, por exemplo, a empresa lançou a versão mais recente da da Meta AI, assistente de inteligência artificial para as plataformas da empresa. Ferramenta que, por ora, não está acessível aos usuários do Brasil por causa de um impasse entre a gigante tecnológica e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), autarquia federal ligada ao Ministério da Justiça e Segurança.
Briga com o Brasil à parte, o projeto é considerado ambicioso porque, segundo a Meta, o sistema tem capacidade para mais de 400 bilhões de parâmetros, o que aumenta a capacidade de aprendizado de tarefas específicas pela IA.
Além disso, a Meta anunciou medidas de redução de custos e aumento de eficiência que podem ter atraído os investidores, segundo observou a publicação. Expansão traduzida pelos US$ 12,3 bilhões de lucro relatados ao primeiro trimestre, que representaram uma alta de 117%.
Saverin nasceu em 1982 em São Paulo (SP) e foi criado nos EUA, onde ele se formou em Economia. Precisamente em Harvard, onde ele conheceu Mark Zuckerberg, a quem ele ajudaria a criar o Facebook, em 2004. No caso do cofundador mais famoso e majoritário da empresa, o presidente da Meta viu o patrimônio dele subir de US$ 65 bilhões no ano passado para US$ 180 bilhões em agosto desse ano.
Na seara das criptomoedas, a Meta, negou as alegações feitas recentemente pela Comissão Australiana de Concorrência e Defesa do Consumidor (ACCC) de que mais da metade dos anúncios de criptomoedas no Facebook são golpes, conforme noticiou o Cointelegraph.