O mercado de criptomoedas operava a um market cap de US$ 3,89 trilhões (+1,5%) na manhã desta sexta-feira (18). Na ocasião, o Bitcoin (BTC) era transferido por US$ 118,8 mil (+0,10%), dominância de mercado recuada a 60,8%, sentimento de ganância dos investidores (71%) e as principais altcoins no azul, em até 280%.
Em linhas gerais, o Bitcoin encontrava um ambiente favorável para quebra da máxima histórica de US$ 123 mil, alcançada na semana anterior, em razão do baixo risco aos investidores, certa indiferença dos índices à guerra tarifária promovida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a divulgação de dados econômicos favoráveis ao consumo.
No último caso, dados do relatório do Departamento do Trabalho dos EUA, divulgados na última quinta-feira (17), apontaram avanço de 0,60% nas vendas de varejo em junho ante um recuo de 0,9% em maio. Por outro lado, parte da alta pode estar relacionada à elevação de preços e não necessariamente ao consumo, já que o relatório divulgado pelo Departamento do Trabalho apontou que o acumulado do índice de preços ao consumidor (CPI) do mês passado fechou em 2,7%.
De modo geral, o setor doméstico ainda parece estar se mantendo, mas parece estar ocorrendo uma moderação nos gastos do consumidor", disse o economista sênior da Wells Fargo, Sam Bullard.
Ainda no plano macroeconômico, os dados do varejo se combinaram com balanços corporativos, o que favoreceu novos recordes do S&P 500 e do Nasdaq, historicamente correlacionados ao desempenho do Bitcoin, encerrados em respectivos 6.297,36 (+0,54%) e 20.885,65 pontos (+0,75%).
Outro possível catalisador ocorreu pela aprovação de três projetos cripto na Câmara dos Representantes: US Stablecoins (GENIUS) Act, relacionado às stablecoins; Digital Asset Market Clarity (CLARITY) Act, que visa estabelecer uma estrutura de mercado para criptomoedas; Anti-CBDC Surveillance State Act, que proíbe o desenvolvimento de uma moeda digital emitida por banco central (CBDC), no caso o dólar digital. As propostas seguem para o Senado dos EUA..
Apesar do otimismo dos investidores, a volatilidade do Bitcoin, que variou entre fundo de US$ 117,5 mil intradiário e um pico próximo a US$ 121 mil em 24 horas, liquidou traders alavancados de criptomoedas em US$ 822,6 milhões (+51,7%). O monitoramento da Coinglass apontava que os ursos saíram em desvantagem, embora o volume de liquidações dos touros também tenha sido alta. Do total, cerca de 452,6 milhões era de posições vendidas (shorts), que são os tomadores de empréstimo para venda e recompra da pechincha; e US$ 370,6 milhões em posições compradas (long) que são os tomadores de empréstimos para revenda da alta.
Os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses de Bitcoin e de Ethereum (ETH) avançaram através de respectivas entradas líquidas de US$ 522,60 milhões e US$ 602,02 milhões, segundo dados da plataforma SoSoValue. O Volatility Index (VIX) também favorecia o Bitcoin, já que o “índice do medo” calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, encontrava-se retraído a 16,60 pontos (-3,26%). Por outro lado, o rali do BTC pode ter sido adiado pela realização de ganhos com a compra de altacoins, perceptível pela explosão de 33 para 48 pontos do índice altseason, que se referencia pelas 100 maiores capitalizações de mercado de altcoins.
No grupo das mil maiores altcoins em market cap, o LTC avançava a US$ 109,42 (+9,7%), o HBAR chegava a US$ 0,27 (+8,7%), o IMX era trocado por US$ 0,60 (+8,8%), o THETA era negociado por US$ 0,92 (+8,5%), o CRO se convertia em US$ 0,12 (+7,6%) e o PUMP derretia a US$ 0,0046 (-15,4%).
Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o ETC valia US$ 24,14 (+20,6%), o UNI estava avaliado em US$ 10,59 (+17,8%), o XTZ orbitava US$ 0,74 (+14,3%), o FLR chegava a US$ 0,020 (+13,5%), o ERA estava quantificado em US$ 1,47 (+72,5%), o SUSHI se convertia em US$ 0,98 (+29,2%), o WEMIX era comprado por US$ 0,79 (+13,9%), o SAHARA estava estipulado em US$ 0,094 (+19,7%) e o RIO representava US$ 0,38 (+20%).
Entre os destaques estava a listagem do Chainbase © na Binance, já que o token da plataforma de infraestrutura de dados Web3, com recursos da assistente de inteligência artificial (IA) Theia, que possibilita a interação de dados blockchain usando linguagem natural, encontrava-se avançado a 0,50 (+280%).
O C, cuja listagem estava programada para 11 horas (horário de Brasília), representava o 28º projeto de listagem do programa HODLer, voltado a recompensar via airdrop detentores de BNB, token do ecossistema da Binance. Nesse caso, as recompensas de tokens de airdrops para HODLers eram de 20.000.000 C (2% do fornecimento total de tokens), segundo comunicado da exchange.
Entre outras listagens estavam C na Gate.io, RION na Poloniex, PDC e MMON na BitMart, cstar NA Bitget, MANYU na Kucoin, PUMP na OKX, BYTE na AscendEX.
Esta semana, a Binance também listou o ERA com airdrop de 20.000.000 de tokens enquanto o Bitcoin mirava nova máxima, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.