O mercado de criptomoedas movimentava US$ 3,23 trilhões (+4%) em capitalização de mercado na manhã desta terça-feira (4), ocasião em que o Bitcoin (BTC) era trocado de mãos em torno de US$ 98,7 mil (+3,7%) com dominância de mercado a 60,8%, sentimento dos investidores em região neutra (45%) e a maioria das principais altcoins em alta, de até 97%.
A alta cripto sucedeu um acordo comercial dos Estados Unidos com México e Canadá, de adiamento por um mês dos efeitos de um decreto assinado no fim de semana pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que prevê a taxação em 25% dos produtos importados desses país, com exceção de produtos do setor de energia do Canadá, nesse caso em 10%. O temor dos investidores com uma eventual guerra comercial se relaciona à ameaça de inflação pelo repasse das tarifas aos consumidores, cenário desfavorável a mercados como o de criptomoedas.
O recuo de Trump foi insuficiente para reverter totalmente o nervosismo dos investidores, perceptível no encerramento do S&P 500 e o Nasdaq, respectivamente em 5.994,57 (-0,76%) e 19.391,96 pontos (-1,20%). Baixa que pode estar relacionada à permanência do impasse do terceiro país afetado pelo “tarifaço de Trump”. Trata-se da China, taxada em 10% e que já anunciou medidas de retaliação comercial pela tarifação adicional de 10% em todas as importações dos EUA, a partir de 10 de fevereiro, percentual que chega a 15% no caso do Gás Natural Liquefeito (GNL), segundo informações do Ministério de Finanças.
A diminuição do pânico podia ser mensurada pelo índice Cboe Volatility Index (VIX), conhecido por índice do medo, que permanecia avançado a 18,79 pontos (+14,49%), porém recuado em relação aos 20,38 pontos do dia anterior. Já os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin apresentaram saques em líquidos US$ 234,54 milhões, enquanto os de Ethereum (ETH) avançaram em US$ 83,54 milhões em entradas líquidas, segundo dados da plataforma SoSoValue.
No grupo das principais altcoins em capitalização de mercado, o TRUMP caía a US$ 16,44 (-7%), o DEXE orbitava US$ 21,19 (-5,9%), o TON recuava a US$ 3,77 (-4,4%), o XMR era comprado por US$ 225,07 (+9,3%), o ENA era negociado por US$ 0,62 (+8,8%), o STX representava US$ 0,98 (+7,8%), o HYPE era comprado por US$ 24,79 (+8%) e o SUI se nivelava por US$ 3,34 (+7,7%).
Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o OM era negociado por US$ 5,94 (+15%), o XCN era transferido por US$ 0,029 (+12,6%), o GRIFFAIN valia US$ 0,22 (+63%), o TOSHI se comparava a US$ 0,0010 (+40,4%), o QTUM estava quantificado em US$ 3,29 (+23,3%), o ALPHA respondia por US$ 0,18 (+85,5%), o AIC se liquidava por US$ 0,50 (+49%), o XPR se elevava a US$ 0,0045 (+49,2%), o VVV estava cotado a US$ 3,91 (+29,3%), o NEURAL correspondia a US$ 6,82 (+45,7%), o FWOG atingia US$ 0,092 (+42,1%) e o BAN pareava US$ 0,055 (+97,1%).
Entre as novas listagens em exchanges de criptomoedas estavam ZEREBRO, SUNDOG, MOVE e ME na Indodax, DEEP na Crypto.com, TAO e ETHFI na Coinbase, TOH na BitMart e BOTIFY na Gate.io.
No dia anterior, a liquidação de traders de criptomoedas chegou a US$ 2,2 bilhões em banho de sangue do Bitcoin com o ‘tarifaço de Trump’, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.