Resumo da notícia:
Sanção de Trump contra Rússia provoca volatilidade no Bitcoin.
Apesar da recuperação, BTC enfrenta preocupações com a inflação pela alta do petróleo.
Altcoins sofrem com saída de capital líquido, apesar do aumento da pressão compradora dos principais tokens.
O mercado de criptomoedas operava a um market cap de US$ 3,69 trilhões (+1,6%) na manhã desta quinta-feira (23). O Bitcoin (BTC) orbitava US$ 109,2 mil (+1,2%) com dominância a 59,1%, medo dos investidores (28) e as altcoins em terreno misto.
O Bitcoin apresentava alta volatilidade intradiária, já que o benchmark cripto testou um fundo em torno de US$ 106,8 mil no final da tarde de quarta-feira (22), em meio a retrações no mercado acionário, perceptível pelo S&P 500 e o Nasdaq, encerrados em respectivos 6.699,40 (-0,53%) e 22.740,40 pontos (+0,93%). Já o topo beirou US$ 110,3 mil durante a madrugada.
Em linhas gerais, as criptomoedas sinalizavam a tentativa de parte dos investidores de lucrar em cima da compra do mergulho após a elevação da aversão ao risco com o anúncio de sanção do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra a Rússia. Isso porque a decisão do republicano para pressionar Vladimir Putin por um cessar-fogo na guerra contra a Ucrânia impactou as petrolíferas russas Lukoil e Rosneft, as maiores do país asiático.
Diante da recusa do presidente Putin em encerrar essa guerra sem sentido, o Tesouro está sancionando as duas maiores empresas de petróleo da Rússia, que financiam a máquina de guerra do Kremlin, declarou o secretário do Tesouro, Scott Bessent.
Um dos efeitos da decisão era a alta de quase 5% de Futuros de Petróleo, o que pode ser mais um catalisador de inflação. Nesse caso, o avanço de preços, que possui relação estreita com mercados como o de criptomoedas, também está no radar do Bitcoin na próxima sexta-feira (24) com a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA. A depender dos números, não está descartado um rali do BTC, embora o caminho oposto também não esteja descartado.
O VIX, “índice do medo” calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, encontrava-se avançado a 18,78 pontos (+5,1%). Já os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em Bitcoin e em Ethereum (ETH) recuaram por respectivas saídas líquidas de US$ 101,29 milhões e US$ 18,77 milhões, segundo dados da SoSoValue.
O mapeamento da Coinglass do mercado de Futuros de criptomoedas apontava alta a US$ 157,59 bilhões (+1,4%) no Interesse Aberto e recuo a US$ 308,64 bilhões (-18,5%) no volume de negociações. Já que a liquidação de traders alavancados de criptomoedas era de pouco mais de US$ 413 milhões (-49%) com desvantagem para os touros, já que a liquidação de posições compradas (longs) beirava US$ 258 milhões ante US$ 155 milhões em posições vendidas (shorts).
A 45,89 pontos, o índice de força relativa (RSI) médio das criptomoedas indicava o aumento da pressão de compra em relação ao dia anterior. O mapa de calor também destacava diversos tokens nas zonas de forte compra ou sobrecompra e de forte venda ou sobrevenda. Na primeira faixa, mais sujeita à correção, estavam tokens como COAI, XPIN, HYPE, RIVER, XMR, F, SOPH, Q, NIL, UB, BERA, AVNT, PROVE, JASMY, EDU, EPT, TRUTH, AKE, ARIA, IDOL, PUNDIX, AIOT. No outro extremo, majorado e mais sujeito a reversão, estavam tokens como XPL, SNX, FORM, ZBT, BAS, KAVA, MET, KDA, HOME, HUMA, AIXBT, ERA, FUN, DOGS, TST.
O índice altseason, que se referencia pelas 100 maiores capitalizações de mercado, voltava a se retrair, a 24 pontos, em sinal de ligeira saída de liquidez. No grupo das mil maiores altcoins em market cap, o ZEC recuava a US$ 235,87 (-13,5%), o XPL era trocado por US$ 0,35 (-5,3%), o IP se convertia em US$ 5,21 (-4%), o IMX valia US$ 0,50 (-3,3%), o ETHFI era comprado por US$ 0,98 (-3,1%), o MNT avançava a US$ 1,69 (+5,7%), o MORPHO era negociado por US$ 1,87 (+3,5%), o FET valia US$ 0,25 (+3%) e o ASTER se nivelava por US$ 1,02 (+2,5%).
Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o XPIN estava cotado a US$ 0,0083 (+55,9%), o aPriori (APR) era transacionado por US$ 0,34 (+42,9%), o RIVER se referenciava por US$ 9,45 (+26,8%), o QRL era transacionado por US$ 1,94 (+20,8%), o KTA estava quantificado em US$ 0,60 (+20,8%), o APEPE orbitava US$ 0,0000019 (+18,3%), o RECALL valia US$ 0,40 (+17,1%), o SOPH respondia por US$ 0,029 (+16,6%), o UB estava precificado em US$ 0,048 (+12,6%) e o XMR estava cotado a US$ 339,49 (+10,6%).
Entre as novas listagens estavam aPriori (APR) na Binance Futuros, Kraken e BitMart, TURTLE na Bitget Futuros, Biconomy, CoinEx, Binance Futuros, LMTS na Kucoin, BLUEAI na OKX Futuros, MET na Phemex, SOON na Bitvavo, GAS na Binance US, VELVET na Bitget.
No dia anterior, EVAA, COAI e RIVER desafiaram o recuo das criptomoedas com o Bitcoin a US$ 108 mil, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.