Resumo da notícia:
Pesquisa “Consciência e prosperidade: a nova relação do brasileiro com o dinheiro” revela que a IA é bem-vinda, na condição de “copiloto” dos investidores brasileiros.
Dinheiro não se resume mais à condição de instrumento de sobrevivência.
Relação com os bancos também mudou, segundo a pesquisa.
Dois em cada três brasileiros aceitam ajuda da inteligência artificial (IA), mas não abrem mão de darem a palavra final em decisões financeiras. Foi o que revelou uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (22) pelo Itaú durante um evento em São Paulo.
Realizado em parceria com o Grupo Consumoteca junto a 5 mil pessoas de 15 estados brasileiros, o estudo “Consciência e prosperidade: a nova relação do brasileiro com o dinheiro” revelou que, entre os recursos mais utilizados pela tecnologia, estão a geração de relatórios detalhados (37%), assistentes virtuais com aconselhamento financeiro (34%) e relatórios automatizados em aplicativos, demanda mais aderida pela Geração Z (34%).
Nessa nova era de inteligência assistiva, as pessoas esperam proximidade, personalização e suporte ativo dia a dias. A tecnologia aparece como resposta a uma demanda por equilíbrio: manter a autonomia das escolhas, mas como suporte consultivo que ajude a reduzir o peso emocional das decisões financeiras, explicou o antropólogo Michel Alcoforado, sócio-fundador do Grupo Consumoteca.
Alcoforado disse ainda que “o dinheiro deixou de ser apenas um instrumento de sobrevivência para se tornar um marcador de identidade, valores e aspirações”, já que a pesquisa mostrou que 78% dos entrevistados não sentem mais desconforto em falar de dinheiro, o que representa uma quebra de tabu histórico.
Hoje, na era da inteligência assistiva, o brasileiro busca prosperar com autonomia, segurança e controle sobre suas escolhas. A relação com o dinheiro é, ao mesmo tempo, econômica, cultural e emocional, explicou.
Quando questionados sobre o que fariam com que confiassem em uma IA, os participantes da pesquisa responderam:
Linguagem simples, falar de uma forma que eu entenda (40%)
Conhecer as regras que regem a IA (39%).
Saber os parâmetros usados pela IA para tomada de decisão (38%).
Ver resultados de outras pessoas (36%).
Ter a garantia de que há uma equipe de especialistas por trás (36%).
Ver resultados compatíveis com a média do mercado (30%).
A pesquisa mostrou ainda que 83% dos brasileiros buscam novas maneiras de lidar com o dinheiro, através de diversificação, autonomia e estratégias de investimento. Já os principais interesses se concentram em renda passiva (49%), empreendedorismo em negócio próprio (49%), educação, capacitação e cursos (41%).
A relação com os bancos também passou por mudança comportamental nos últimos anos, segundo a pesquisa. Nesse caso, 41% dos entrevistados consideraram que os bancos têm um papel consultivo, como aliados estratégicos para organização de finanças, orientação de decisões e apoio a projetos. Enquanto isso, a visão de que as instituições financeiras servem majoritariamente como local transacional e para guardar dinheiro recuou para 22%.
Em Pernambuco, a IA ganhou esta semana um “berçário” que deve ajudar o estado a se consolidar como polo tecnológico, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.