Resumo da notícia
Bitcoin se mantém estável abaixo de US$ 110 mil, com preço em torno de R$ 591.834, refletindo um mercado lateralizado e aguardando definição da política econômica dos EUA.
Fluxos institucionais esfriam: ETFs registram saídas de mais de US$ 100 milhões e holders de longo prazo continuam vendendo, pressionando a estrutura de preço do BTC.
Cenário macro e técnico apontam cautela: tensões entre EUA e China e juros altos limitam o apetite por risco, enquanto o suporte crítico segue em US$ 108,6 mil.
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Preço do Bitcoin ao Vivo
11h20
Guilherme Prado, country manager da Bitget Após dias de forte volatilidade, o Bitcoin mostra sinais de recuperação (ainda que tímidos), mas ainda enfrenta resistência em patamares importantes. Hoje, o Bitcoin avança cerca de 0,9%, sendo negociado em torno de US$ 109.000, após atingir máxima intradiária próxima de US$ 110.300. Apesar desse desempenho positivo, o ativo segue lateralizado na faixa dos US$ 110.000, com o mercado aguardando um rompimento decisivo para definir a próxima direção. A falta de volume expressivo indica que os investidores permanecem cautelosos, à espera de novos catalisadores macroeconômicos ou sinais mais claros de força compradora. No cenário de alta, um rompimento sustentado acima dos US$ 110.000 poderia abrir espaço para testar novamente a resistência em US$ 114.000. Já no cenário de baixa, a perda do suporte próximo de US$ 108.000 abriria espaço para uma correção em direção à mínima de outubro, próxima de US$ 102.000.
8h40 -
Kevin Rusher, fundador da RAAC.
O ouro sofreu uma forte retração nos últimos dias, com os investidores finalmente realizando lucros. Embora existam várias razões para isso – incluindo algumas preocupações geopolíticas mais brandas – a principal é simples: realização de lucros.
Os investidores estão simplesmente vendendo o que podem e o que lhes rendeu dinheiro até agora neste ano, e o ouro está no topo dessa lista. É possível que o ouro entre em um período prolongado de consolidação de preços a partir daqui, embora ainda haja razões para esperar que a demanda permaneça aquecida no curto prazo.
No entanto, mesmo que o preço do ouro se estabilize, o ouro continuará fazendo exatamente o que foi projetado para fazer – fornecer benefícios de gerenciamento de risco e diversificação em carteiras.
O recorde do ouro neste ano certamente não é típico deste ativo, mas continua sendo uma alternativa não correlacionada. No entanto, o que ainda falta é a capacidade de colocar o ouro para trabalhar facilmente e obter rendimento.
Isso garantiria que os investidores não comprassem ouro apenas por proteção, mas continue mantendo-a a longo prazo. A tokenização de ativos reais na blockchain oferece essa oportunidade, e isso será o verdadeiro divisor de águas para o ouro como classe de ativos.
8h30
O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta quinta, 23/10/2025, está cotado em R$ 591.834,77. O preço do BTC mantém seu movimento de consolidação abaixo de US$ 110 mil, ainda aguardando uma definição da política dos EUA.
Bitcoin análise macroeconômica
André Franco, CEO da Boost Research, aponta que os mercados asiáticos recuaram pelo segundo dia consecutivo, pressionados por resultados fracos das empresas de tecnologia nos Estados Unidos e pelas novas ameaças de sanções americanas à exportação de tecnologia para a China.
O barril de petróleo Brent subiu quase 3% em meio às tensões, aumentando as preocupações com os custos nas economias importadoras de energia. O dólar se valorizou levemente, enquanto o ouro recuou após o rali anterior. Já o Bitcoin, cotado em torno de US$ 108.300, apresenta expectativa de curto prazo neutra a levemente negativa.
As tensões comerciais renovadas e os resultados decepcionantes do setor de tecnologia ampliam a aversão ao risco, o que tende a pesar sobre ativos mais voláteis, como o BTC. Por outro lado, a valorização recente do dólar e o arrefecimento da “fuga para o refúgio” em ouro podem reduzir a pressão de saída de capital do mercado cripto.
Nesse contexto, espera-se uma consolidação do Bitcoin na faixa de US$ 105.000 a US$ 112.000, com possibilidade de leve queda caso os choques se agravem ou de recuperação moderada se houver notícias positivas ou alívio nas tensões comerciais.
Bitcoin análise técnica
O momentum segue enfraquecendo enquanto o BTC permanece limitado entre US$ 109.500 e US$ 107.200, consolidando-se próximo de US$ 108.750.
Fluxos à vista esfriaram: Ontem, os ETFs de Bitcoin registraram saída de US$ 101 milhões, enquanto os de Ethereum tiveram US$ 19 milhões em saídas — mostrando que a demanda institucional diminuiu nos últimos dias.
Vendas de holders de longo prazo continuam altas (média móvel de 30 dias acima de 22.000 BTC/dia), com distribuição persistente atuando como obstáculo estrutural.
O Open Interest (OI) de opções atingiu o recorde histórico, com aumento na demanda por puts — sinal de que opções de curto prazo podem amplificar movimentos intradiários.
Faixas críticas: custo-base de curto prazo: US$ 113,1 mil; quantil 0,85: US$ 108,6 mil; quantil 0,75: ~US$ 97,5 mil. Perder a faixa de 0,85 eleva o risco de correções mais profundas.
O Bitcoin está em uma fase de prova de convicção. O preço mostra um intervalo estreito, com resistência em torno de US$ 109,5 mil e suporte próximo de US$ 107,2 mil, refletindo um mercado indeciso que aguarda um novo catalisador. Os fluxos de ETFs esfriaram novamente, e os holders de longo prazo seguem vendendo agressivamente — combinação que limita os ralis.
O mercado de opções ganhou destaque: o interesse aberto atinge recordes, enquanto o viés e a demanda por puts aumentam, indicando que o hedge dos dealers pode impulsionar movimentos intradiários amplos. Até que a demanda à vista se recupere, o cenário é de negociação lateral com picos de volatilidade, e não de tendência clara.
Estrutura de preço e microestrutura
A mecânica intradiária é relevante: as altas em direção ao custo-base de curto prazo (US$ 113,1 mil) estão sendo encontradas por vendedores, sem continuidade de compra.
O quantil 0,85 em US$ 108,6 mil é agora o pivô estrutural, separando uma consolidação rasa de uma correção mais profunda.
A incapacidade de retomar US$ 113 mil mostra que investidores de curto prazo compraram no hype e agora são os vendedores marginais.
Como os dealers estão short gamma nesses níveis, qualquer movimento moderado no delta exige hedge agressivo, ampliando a volatilidade intradiária.
Os dados de ETFs e fluxos on-chain mostram um quadro misto. Os veículos institucionais permanecem ativos, com novos ETPs em desenvolvimento e interesse varejista contínuo, mas os fluxos líquidos à vista estão desiguais.
O mais importante é o comportamento dos holders de longo prazo: desde o pico de julho, o gasto desses investidores aumentou consideravelmente, com a média de 30 dias superando 22.000 BTC/dia.
Essa distribuição constante não é trivial — mesmo com os ETFs absorvendo parte da oferta, o balanço líquido segue frágil. Os saldos nas exchanges continuam caindo, o que é positivo, mas as vendas de grandes carteiras anulam parte do efeito de escassez.
Opções e derivativos
O interesse aberto em opções em novos recordes é a maior mudança estrutural em relação a ciclos anteriores. Os traders estão buscando proteção de baixa, elevando o viés (skew) e deixando a exposição de gamma dos dealers negativa.
Na prática, isso significa que tanto short squeezes quanto correções violentas podem ocorrer ao ultrapassar preços críticos. O interesse em futuros caiu levemente, mas não o suficiente para neutralizar o risco do posicionamento concentrado em opções.
O ruído macro segue alto. A dívida dos EUA atingiu US$ 38 trilhões, e o discurso sobre novas tarifas mantém o mercado em modo “risk-on”. Crescimento, juros e tensões geopolíticas continuarão influenciando o preço das criptos, especialmente dada a sensibilidade do setor à liquidez global.
Com o Fed e outros bancos centrais tentando equilibrar crescimento e inflação, qualquer surpresa macro (tarifas, dados ruins ou mudanças de política) pode gerar reações exageradas nos criptoativos, dada a fragilidade estrutural atual.
Riscos
Queda abaixo de US$ 108,6 mil pode abrir caminho para US$ 104,5 mil e depois US$ 97 mil.
Novas saídas de ETFs podem remover demanda marginal e ampliar a pressão vendedora dos holders de longo prazo.
Liquidação de opções pode provocar movimentos em cascata durante vencimentos de contratos.
Choques macro negativos (tarifas, tensões geopolíticas ou surpresas políticas) podem gerar vendas rápidas em todos os ativos de risco.
O mercado está lateralizado e movido por notícias: ETFs e tesourarias estão comprando no papel, enquanto holders de longo prazo realizam lucros. Esse equilíbrio mantém o BTC abaixo do custo-base de curto prazo, tornando as altas frágeis.
A execução de trades exige cautela: use entradas escalonadas, baixa alavancagem e deixe fluxos confirmados (como entradas consistentes em ETFs ou pausa nas vendas de LTHs) guiarem o posicionamento direcional. Manter-se acima da faixa de US$ 108,6 mil sustenta uma base neutra a construtiva; perdê-la aumenta as chances de uma consolidação mais profunda.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
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