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Walter BarrosWalter Barros

Definida audiência da Câmara dos Deputados para discutir reserva de Bitcoin do Brasil

Câmara dos Deputados marca para 20 de agosto audiência pública para debater PL 4501, que prevê criação de Reserva Estratégica Soberana de Bitcoin.

Definida audiência da Câmara dos Deputados para discutir reserva de Bitcoin do Brasil
Brasil

A Câmara dos Deputados confirmou esta semana a realização de uma audiência pública para debater a criação Reserva Estratégica Soberana de Bitcoin (RESBit) no Brasil. A reunião extraordinária está marcada para a tarde do próximo dia 20 de agosto.

A RESBit está prevista no PL 4501/2024, de autoria do deputado federal Eros Biondini PL 4501 (PL-MG) e se encontra na Comissão de Desenvolvimento Econômico (CDE) sob relatoria do deputado federal Luiz Gastão (PSD-CE). Já a audiência pública foi requerida pelo deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), que propôs os seguintes nomes para audiência pública:

  1. (a Confirmar) - Associação Brasileira de Criptoeconomia (Abcripto);

  2. (a Confirmar) - Banco Central do Brasil (BC);

  3. DIEGO KOLLING (Confirmado) - Head da Estratégia Bitcoin da empresa de tesouraria Méliuz;

  4. (a Confirmar) - Ministério da Fazenda (MF);

  5. Pedro Henrique Giocondo Guerra - Chefe de Gabinete do Ministro do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC);

  6. RUBENS SARDENBERG (Confirmado) – Economista Chefe da Febraban.

Orleans e Bragança argumentou que Pedro Giocondo, chefe de gabinete do ministro e vice-presidente Geraldo Alckimin, afirmou que o país precisa “debater com rigor a constituição de uma reserva soberana de valor de Bitcoin é de interesse público e será determinante para a nossa prosperidade. Afinal, bitcoin é o ouro digital, o ouro da internet. É uma tecnologia que permite transmitir riqueza de uma ponta a outra do planeta com agilidade e armazenar os frutos do nosso trabalho de maneira eficiente e segura”.

No que se refere às diretrizes do PL 4501,Biondini propõe que a RESBit se destine a diversificar os ativos financeiros do Tesouro Nacional, proteger as reservas internacionais contra flutuações cambiais e riscos geopolíticos, fomentar o uso da tecnologia blockchain no setor público e privado e garantir lastro para a emissão do Drex, a versão brasileira de moeda digital emitida por banco centra (CBDC, na sigla em inglês).

No Brasil, a Méliuz se beneficiou recentemente com a pernada de alta do Bitcoin ao elevar o market cap da empresa acima dos R$ 820 milhões, já que a fintech mineira, criada em 2011 com foco em programas de cashback, adotou recentemente uma mudança estratégica e também passou a ser uma empresa de tesouraria de Bitcoin.

No final de junho, por exemplo, a empresa anunciou a compra de 275 Bitcoins para se tornar o maior holder corporativo de BTC na América Latina, com 595,67 unidades. Dias antes, a primeira Bitcoin Treasury Company do Brasil concluiu uma oferta de ações de R$ 180 milhões para ampliar o caixa de BTC da empresa e, em maio, a compra de US$ 28,4 milhões em BTC.

Essa semana, as tesourarias compraram a queda do Bitcoin enquanto as criptomoedas reagiam ao tarifaço de Trump e ao payroll, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.