A Receita Federal, a Polícia Federal e o Ministério Público deflagraram na última quinta-feira uma operação para combater o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro, como informa o G1.

A Operação Mamma Mia partiu da investigação de uma rede de pizzarias com franquias em 7 estados do Brasil e que movimentou quantias consideradas suspeitas pelas autoridades.

Na investigação, a PF e o MPF descobriram que a pizzaria estaria ligada a uma organização criminosa que comprava criptomoedas e ouro ilegalmente para lavar dinheiro e financiar atividades criminosas.

As autoridades cumpriram 42 mandados de busca e apreensão, além de 10 mandados de prisão preventiva em sete estados brasileiros: Acre, Amazonas, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Paraíba, Paraná e São Paulo. A Justiça Federal também decretou apreensão de bens avaliados em R$ 192 milhões.

Os nomes dos envolvidos não foram revelados, mas dois dos mandados de prisão tinham como alvos criminosos que figuram na lista vermelha da Interpol. A operação também contou com apoio das autoridades da Bolívia, já que um dos investigados é um brasileiro radicado na Bolívia, já condenado por tráfico internacional de drogas.

Em abril, a Polícia Federal comandou outra operação que investigava o uso de uma exchange de criptomoedas para lavar R$ 20 bilhões de dinheiro da facção Primeiro Comando da Capital (PCC). Não foi informado se os casos têm relação entre si.

A PF também tem intensificado suas investigações contra usuários de criptomoedas no Brasil, com objetivo de identificar fundos de origem criminosa. As autoridades fecharam uma parceria com o Departamento de Investigação dos EUA para capacitação contra crimes com Bitcoin e na Deep Web.

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