Resumo da notícia:

  • Shutdown limita apetite ao risco, mas investidores do Brasil mantêm confiança em ETPs cripto.

  • AuM nacional e global também evolui.

  • Bitcoin lidera otimismo, com destaque para os iShares ETFs, da BlackRock.

Investidores do Brasil aportaram líquidos US$ 13,2 milhões, R$ 70,8 milhões, em fundos de criptomoedas no acumulado semanal de sexta-feira (24). Nesse período, o fluxo de entradas globais chegou a US$ 921 milhões, segundo a CoinShares.

Reprodução/CoinShares.

Na avaliação da gestora de criptomoedas, o desempenho global do segmento foi tímido e espelhou a falta de dados macroeconômicos emitidos por órgãos governamentais dos Estados Unidos, por causa do shutdown (paralisação) decorrente do impasse envolvendo a aprovação do orçamento do governo de Donald Trump, já que o ano fiscal começou no dia 1º de outubro.

Na última sexta-feira (24), com atraso, o Departamento do Trabalho divulgou o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), apontando avanço de 0,3% dos preços e 3% no acumulado de 12 meses, até setembro. O que, segundo a CoinShares, ajudou a “restaurar a confiança de que novos cortes nas taxas de juros são prováveis ​​este ano”.

Os volumes negociados em ETPs [produtos cripto negociados em bolsa] globalmente permaneceram robustos, atingindo US$ 39 bilhões na semana, bem acima da média semanal acumulada no ano (YTD) de US$ 28 bilhões, observou a gestora.

Regionalmente, além do Brasil, EUA, Alemanha e Austrália aportaram respectivos líquidos de US$ 843 milhões, US$ 502,1 milhões e US$ 900 mil. Em direção contrária, Suíça, Suécia e Hong Kong sacaram respectivos líquidos de US$ 358,9 milhões, US$ 49,2 milhões e US$ 11,2 milhões, enquanto outros países retiraram líquidos US$ 8,3 milhões.

O Brasil chegou a US$ 1,6 bilhão e também avançou em relação ao total de ativos sob gestão (AuM), sexto maior volume global. Estados Unidos, Suíça, Alemanha, Canadá, e Suécia também mantiveram suas posições ao encerrarem a semana com respectivos AuM de US$ 160,89 bilhões, US$ 7,73 bilhões, US$ 7,44 bilhões, US$ 6,82 bilhões e US$ 3,52 bilhões. Enquanto isso, outros países recuaram a US$ 38,25 milhões. Já o AuM total encerrou a semana em US$ 229,65 bilhões.

Pela aferição de criptoativos, fundos em Bitcoin (BTC) atraíram líquidos US$ 931 milhões. Na mesma direção, XRP, cestas multiativos, Solana (SOL) e Short Bitcoin responderam por respectivas entradas líquidas de US$ 84,3 milhões, US$ 33,2 milhões, US$ 29,4 milhões e US$ 14,4 milhões. Pelo contrário, o ETPs de Ethereum (ETH) e de Sui (SUI) registraram respectivos US$ 168,7 milhões e US$ 8,5 milhões em saídas líquidas.

Por fundos, Coinshares Digital Securities, iShares ETFs (Bitcoin e Ethereum), ProShares ETFs, Fidelity Wise Origin Bitcoin Fund e Bitwise Funds representaram os maiores volumes de entradas líquidas, US$ 498 milhões, US$ 235 milhões, US$ 84 milhões, US$ 52 milhões e US$ 31 milhões respectivamente. Em caminho oposto, a Grayscale registrou US$ 118 milhões em saídas líquidas.

Na semana anterior, os investidores nacionais compraram a ‘cascata de liquidez’ ao depositarem R$ 37 milhões em fundos de criptomoedas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.