Resumo da notícia:
Mercado cripto reage após CPI, de olho em novos catalisadores pela semana, como reuniões do Fomc e de Trump e Xi.
Índice do medo recua, mas ETFs de Bitcoin e Etherem se mantêm mornos.
Pressão de compra de criptomoedas aumenta.
Na manhã desta segunda-feira (27), o mercado de criptomoedas avançava a US$ 3,88 trilhões (+2,7%) em market cap. O Bitcoin (BTC) orbitava US$ 115,3 mil (+2,6%) com dominância a 59,1%, sentimento de neutralidade dos investidores (42%) e a maioria das altcoins em alta.
A recuperação do BTC sucedia a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) de setembro nos Estados Unidos, mês em que o avanço de preços chegou a 0,3% e 3% no acumulado de 12 meses.
Os dados do Departamento do Trabalho na última sexta-feira (24) podem ter pavimentado o caminho para o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) decidir pelo corte na taxa básica anual de juros na próxima quarta-feira (29), após o segundo dia de reunião do colegiado decisório de política monetária do Federal Reserve (Fed).
O CPI também serviu como um dos catalisadores de alta no mercado acionário no pregão de sexta-feira, quando o S&P 500 e o Nasdaq encerraram em respectivos 6.791,69 (+0,79%) e 23.204,87 pontos (+1,15%). Além disso, o rali dos índices historicamente associados ao desempenho do Bitcoin aconteceu na esteira da divulgação de balanços favoráveis de grandes empresas de tecnologia, caso da fabricante de chips Intel, que relatou US$ 4,1 trilhões em lucro líquido no terceiro trimestre.
No plano geopolítico, mercados como o de criptomoedas têm outro possível catalisador de volatilidade na próxima quinta-feira (30), quando está previsto um encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder da China, Xi Jinping. Os dois devem se reunir na Coreia do Sul para tratativas comerciais entre os dois países, como a busca de Trump por abrandamento no controle de exportações de terras raras do país asiático.
A medida, anunciada recentemente pela China, provocou reação no republicano, que anunciou a 100% de tarifa sobre produtos chineses. O que provocou nervosismo em mercados como o de criptomoedas. Nesse caso, uma das consequências foi a liquidação de quase US$ 20 bilhões em posições alavancadas, no dia 10 de outubro.
O VIX, “índice do medo” calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, encontrava-se recuado a 15,66 pontos (-9,5%). Os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em Bitcoin avançaram por US$ 90,60 milhões em entradas líquidas, enquanto os ETFs de Ethereum (ETH) registraram US$ 93,60 milhões em saídas líquidas, segundo dados da SoSoValue. Já as tesourarias não mineradoras de Bitcoin caminharam em linha, já que a acumulação semanal até essa segunda-feira não passava de 26 BTC e o total em holdings pelas 38 principais companhias orbitava US$ 100,26 bilhões.
O mapeamento da Coinglass do mercado de Futuros de criptomoedas apontava alta a US$ 167,45 bilhões (+4,8%) no Interesse Aberto e avanço a US$ 294,06 bilhões (+87,7%) no volume de negociações. Já que a liquidação de traders alavancados de criptomoedas beirava US$ 468 milhões (+249%) com desvantagem para os ursos, já que a liquidação de posições vendidas (shorts) era de cerca de US$ 359 milhões ante US$ 109 milhões em posições compradas (longs).
A 52,77 pontos, o índice de força relativa (RSI) médio das criptomoedas indicava o aumento da pressão de compra em relação a sexta-feira. O mapa de calor também destacava diversos tokens nas zonas de forte compra ou sobrecompra e de forte venda ou sobrevenda. Na primeira faixa, mais sujeita à correção, estavam tokens como BCH, HYPE, ETH, ENA, ZRP, VIRTUAL, ARB, TRUMP, H, UNI, ME, UB, AIXBT, DASH, DIA, SOLV, NFP. No outro extremo, mais sujeito a reversão, estavam tokens como PAXG (stablecoin lastreada no ouro), COAI, TRX, XPL, ASTER, M, OG, MYX, ZBT, AUCTION, B2 DEGO, BANK, TBL, LA, SOON, ETHFI, YGG.
O índice altseason, que se referencia pelas 100 maiores capitalizações de mercado, estava avançado a 28 pontos, em sinal de entrada de liquidez em relação ao BTC. No grupo das mil maiores altcoins em market cap, o TRX se retraía a US$ 0,31 (-3,6%), o XMR era comprado por US$ 328,73 (-2,4%), o M recuava a US$ 2,04 (-9,1%), o ASTER estava precificado em US$ 1,07 (-8,8%), o XPL era negociado a US$ 0,36 (-7,8%), o 2Z representava US$ 0,23 (-6,8%), o DEXE avançava a US$ 7,29 (+9,9%), o ENA orbitava US$ 0,51 (+7,5%), o BCH valia US$ 559,01 (+7%) e o UNI estava precificado em US$ 6,62 (+5%).
Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o PI chegava a US$ 0,25 (+21,9%), o VIRTUAL era comprado por US$ 1,45 (+20,1%), o ZEC se convertia em US$ 358,16 (+16,2%), o DASH valia US$ 51,79 (+13,5%), o DIA disparava a US$ 0,72 (+67,2%), o EVAA chegava a US$ 13,02 (+35,5%), o ME representava US$ 0,58 (+32,3%), o UB era negociado por US$ 0,083 (+29,3%), o BURN era vendido por US$ 4,62 (+22,7%) e o FAI representva US$ 0,0083 (+21,9%).
Entre as novas listagens estavam GIGGLE, 42, F e COMMON na Binance Futuros, 42 na MEXC e na BitMart, COMMON e SYND na Phemex, APR na Huobi e na CoinEx, SYND na Bybit, PING na Poloniex, GCT na P2B, COOKIE, SONIC e SWFTC na Biconomy, COMMON na Bitget e ON na Bitget Futuros.
Na semana anterior, APR e CLANKER subiram até 120% em meio a expectativa do Bitcoin com CPI, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.