Resumo da notícia:
Novato APR de o CLANKER disparam, até 120%.
Narrativas pessimistas perdem força, com CPI e Fed no radar dos investidores de criptomoedas.
Pressão compradora de altcoins sinaliza recuperação, mas crash de 10 de outubro ainda limita o mercado cripto.
Na manhã desta sexta-feira (24), o mercado de criptomoedas operava a um market cap de US$ 3,75 trilhões (+1,6%), o Bitcoin (BTC) orbitava US$ 111,2 mil (+1,6%) com 59,2% de dominância, medo dos investidores (32%) e a maioria das altcoins em alta.
Entre as 500 altcoins mais bem capitalizadas, chamava a atenção o desempenho do aPriori (APR) e do tokenbot CLANKER, transferidos respectivamente por US$ 0,59 (+120%) e US$ 49,95 (+101%).
No caso do APR, a alta sucedia a listagem inicial do token da infraestrutura MEV e protocolo de staking líquido para blockchains de execução paralela e construído nativamente em Monad. Já a ascensão do CLANKER se relacionava à adesão do token do agente autossoberano da blockchain Base de emissão memecoins ao protocolo social descentralizado Farcaster.
A alta dos tokens coincidia com um ambiente macroeconômico favorável, com a perda de força de algumas narrativas macroeconômicas pessimistas. Entre elas a guerra comercial travada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com a China, envolvendo a elevação a 100% nas tarifas alfandegárias de produtos do país asiático, que anunciou recentemente medidas de controle de exportação de terras raras. Apesar disso, a cascata de liquidez do dia 10 de outubro, que representou quase US$ 20 bilhões em liquidações alavancadas de traders de criptomoedas, limitava a reação do Bitcoin.
Nessa sexta, a expetativa de dados tímidos do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA tomava conta dos investidores de criptomoedas, por conta da possibilidade de reforçar um novo corte de juros pelo Federal Reserve (Fed), na próxima semana. No dia anterior, o S&P 500 e o Nasdaq, historicamente associados ao desempenho do Bitcoin, encerraram em respectivos 6.738,44 (+0,58%) e 22.941,80 pontos (+0,89%), também na esteira do entusiasmo com o CPI e o Fed.
O VIX, “índice do medo” calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, encontrava-se recuado a 17,17 pontos (-7,7%). Já os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em Bitcoin avançaram por US$ 20,33 milhões em entradas líquidas, enquanto os ETFs de Ethereum (ETH) registraram US$ 127,51 milhões em saídas líquidas, segundo dados da SoSoValue.
O mapeamento da Coinglass do mercado de Futuros de criptomoedas apontava alta a US$ 154,94 bilhões (+2,7%) no Interesse Aberto e recuo a US$ 266,83 bilhões (-16,8%) no volume de negociações. Já que a liquidação de traders alavancados de criptomoedas recuava a US$ 224,65 milhões (-56%) com desvantagem para os ursos, já que a liquidação de posições vendidas (shorts) era de cerca de US$ 130 milhões ante US$ 94 milhões em posições compradas (longs).
A 49,37 pontos, o índice de força relativa (RSI) médio das criptomoedas indicava o aumento da pressão de compra em relação ao dia anterior. O mapa de calor também destacava diversos tokens nas zonas de forte compra ou sobrecompra e de forte venda ou sobrevenda. Na primeira faixa, mais sujeita à correção, estavam tokens como H, AVNT, COAI, APE, ORDER, PROVE, VIRTUAL, PUMP, MERL, XPIN, LIGHT, Q, SOPH, B2, PIPPIN, EPT, AIO, VELVET. No outro extremo, majorado e mais sujeito a reversão, estavam tokens como TRX, PAXG (stablecoin lastreada no ouro), IP, SNX, MET, ZBT, FORM, GIGGLE, 1000CHEEMS, KDA, BANK, HOME, RESOLV, ERA, SUN.
O índice altseason, que se referencia pelas 100 maiores capitalizações de mercado, voltava a se retrair, a 23 pontos, em sinal de ligeira saída de liquidez em relação ao BTC. No grupo das mil maiores altcoins em market cap, o TRX se retraía a US$ 0,31 (-3,6%), o XMR era comprado por US$ 328,73 (-2,4%), o CAKE valia US$ 2,67 (-1,8%), o PUMP saltava a US$ 0,0041 (+9,3%), o ASTER se nivelava por US$ 1,09 (+7%) e o MORPHO representava US$ 1,99 (+6,1%).
Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o F era negociado por US$ 0,025 (+75%), o ORDER correspondia a US$ 0,32 (+56,6%), o CLASH era negociado por US$ 0,060 (+41,1%), o H era transacionado por US$ 0,19 (+29,4%), o LIGHT chegava a US$ 2,29 (+27,3%), o ON estav precificado em US$ 0,38 (+22,7%), o APE estava avaliado em US$ 0,47 (+20%), o BLESS era trocado de mãos por US$ 0,040 (+19,1%) e o PROVE respondia por US$ 0,98 (+18,3%).
Entre as novas listagens estavam VELVET na Bitget, LIGHT na Kucoin e CoinEx, SANTA, TORA e AT na LBank, ON na Gate.io, BitMart, Phemex, MEXC e Binance Futuros, ZORA na Bitvavo, REACT e COQ na Biconomy, MET e HANA na Huobi e TURTLE na OKX Futuros.
No dia anterior, as criptomoedas reagiam com o Bitcoin na luta por US$ 110 mil após sanção de Trump a Rússia, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.