A BlackRock anunciou esta semana a listagem de dois novos fundos negociados em bolsa (ETFs) na B3. O que acontece na esteira do entusiamo com as criptomoedas por parte do CEO da gestora no Brasil, Bruno Barino.
Disponíveis a partir do dia 30 de junho, os ETFs, EWBZ11 e o CAPE11, que replicam respectivamente o índice Bovespa BR+ Equal Weight B3, que inclui BDRs (Brazilian Depositary Receipts) de empresas brasileiras listadas no exterior, e o índice Bovespa BR+ 5% Cap B3, também atrelado a BDRs de companhias brasileiras listadas globalmente, porém com limite máximo de 5% por emissor.
O EWBZ11 e o CAPE11 se juntam a outros fundos da gestora na B3, como o BOVA11, exposto ao Ibovespa; SMAL11, exposto a empresas nacionais de baixa capitalização de mercado; IVVB11, exposto ao S&P 500, ECOO11, associado ao Índice Carbono Eficiente (ICO2); e o IBrX-100, composto pelos cem papéiss mais negociados na B3.
Em relação ao iShares Bitcoin Trust ETF (IBIT), o ETF de Bitcoin com mais de US$ 60 bilhões da gestora estadunidense pode ser acessado pelos investidores da B3 por meio de um BDR de código INIR39. Nessa direção, Barino não esconde seu entusiasmo com os ETFs de criptomoedas.
Entendemos que faz muito sentido alocar 2% da carteira em um ETF IBIT… as pessoas estão comprando e muita gente não está vendo, disse o executivo ao Valor.
Para o executivo, a falta de correlação com outras classes de ativos tornam as criptomoedas interessante. Segundo ele, quando se trata de evolução de casos de uso, as criptomoedas representam “um case”.
Apesar de não ter anunciado novos ETFs cripto na B3, Bruno Barino deixou escapar durante uma entrevista veiculada esta semana pelo portal NeoFeed que a BlackRock pretende ampliar o leque de fundos brasileiros listados na B3.
AUVP11 estreia na B3
Na última quarta-feira (25), a AUVP Capital, em parceria com o BTG Pactual, também lançou na B3 o ETF AUVP11, que espelha o desempenho dos papéis de 400 empresas listadas na Bolsa de Valores do Brasil. Segundo o sócio-fundador da AUVP Capital, Raul Sena, o AUVP11 segue a metodologia da AUVP Analítica, em que são aprovadas apenas as companhias: de setores considerados mais seguros; historicamente lucrativas (últimos 5 anos); com dívida controlada (até 3x Dívida/EBIT); pelo menos 5 anos de listagem (IPO); valor de mercado superior a R$ 3 bilhões; free float mínimo de 15%; ROE acima de 10% e margem líquida superior a 8%.
Isso traz um filtro bem seletivo pras empresas e dá ao investidor uma alternativa pra investir em negócios historicamente equilibrados e rentáveis, que não são necessariamente os mais populares da bolsa, como acontece com o Ibovespa, resumiu Sena.
Ele acrescentou que qualquer investidor poderá comprá-lo e vendê-lo livremente, como se fosse uma ação comum, e informou que parceria da AUVP Capital com o banco BTG Pactual começou no início de 2024 e, no fim do ano, a empresa sediada em Goiânia (GO) já havia atingido o primeiro lugar no ranking nacional de consultorias do BTG. Segundo o executivo, essa foi a primeira vez que uma empresa fora dos grandes centros financeiros, como Rio de Janeiro e São Paulo, alcançou o top 1 do ranking promovido pelo banco.
Essa semana, a B3 também listou o GBTC11, da gestora independente Buena Vista Capital e a Hashdex. Trata-se de um ETF que combina ouro e Bitcoin como alternativa de proteção patrimonial para cenários econômicos instáveis, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.
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