Na amanhã desta sexta-feira (27), o mercado de criptomoedas apresentava ligeiro recuo a um market cap de US$ 3,28 trilhões (-0,5%) com o Bitcoin (BTC) em linha por volta de US$ 107 mil (-0,2%) e 65% de dominância de mercado. Já a maioria das principais altcoins se encontrava no vermelho em meio à neutralidade dos investidores (49%).

A lateralização do BTC se dissociava de novas máximas históricas dos índices S&P 500 e Nasdaq, historicamente correlacionados ao desempenho da criptomoedas, encerrados em respectivos 6.141,02 (+0,80%) e 20.167,91 pontos (+0,97%), por conta de um cenário macroeconômico mais favorável ao risco, desde o cessar-fogo entre Israel e Irã.

A pernada de alta, que não resultou na esperada nova máxima histórica do Bitcoin, sucedeu o recuo em 10 mil, para 236 mil, no número de pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos na semana encerrada no dia 21 de junho, segundo dados divulgados pelo Departamento do Trabalho daquele país.

Além dos dados otimistas do mercado de trabalho, que afastaram os riscos de inflação, o lobby bancário estadunidense conquistou uma vitória junto ao Federal Reserve (Fed) e outros reguladores financeiros, que decidiram reduzir de 5% para uma faixa de 3,5% a 4,5% o percentual de reserva em dinheiro de grandes bancos, regra conhecida como “índice de alavancagem suplementar”.

Na prática, o capital na maior economia global deve se tornar mais especulativo, o que pode favorecer mercados como o de criptomoedas, porém menos resiliente a crises, segundo os opositores da proposta.

Na contramão desses movimentos especulativos, dados de monitoramento da plataforma Coinglass relacionados ao mercado de Futuros de criptomoedas indicavam recuo a US$ 140,4 bilhões (-2,8%) no Interesse Aberto, US$ 194 bilhões (-11,1%) no volume de negociações e US$ 191,6 milhões (-14,4%) na liquidação de traders alavancados.

O Volatility Index (VIX), “índice do medo” calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, encontrava-se recuado a US$ 16,21 pontos (-3,3%). Já os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin avançaram em líquidos US$ 228,15 milhões, enquanto os ETFs de Ethereum (ETH) registraram saídas líquidas de US$ 26,46 milhões, segundo dados da plataforma SoSoValue.

O índice altseason, que se referencia pelas 100 maiores capitalizações de mercado de altcoins, encontrava-se avançado de 20 para 22 pontos em sinal de rotação de capital para os tokens. No grupo das mil maiores altcoins em market cap. Apesar disso, o AB recuava a US$ 0,0085 (-15,3%), o TIA se retraía a US$ 1,42 (-7,9%), o SPX era trocado por US$ 1,17 (-6,2%) e o AERO correspondia a US$ 0,77 (-4,8%). Pelo contrário, o SEI orbitava US$ 0,28 (+6,3%), o APT representava US$ 5,03 (+5,4%), o FARTCOIN era vendido por US$ 1,01 (+5,3%) e o BGB representava US$ 4,63 (+4,4%).

Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o DOG era transacionado por US$ 0,0045 (+11,6%), o FLZ atraía US$ 2 (+44,6%), o EUL se comparava a US$ 10,58 (+23,3%), o AIC estava precificado em US$ 0,16 (+16,5%), o LQTY era liquidado por US$ 1,62 (+10%), o DAG estava precificado em US$ 0,036 (+13,2%), o LVN estava cotado a US$ 0,082 (+76,5%) e o SIREN era comprado por US$ 0,051 (+11%).

Entre as novas listagens estavam SYRUP na Crypto.com e Bithumb, DOG na Kraken, BUNKER na LBank e BitMart, MORE na Phemex e LBank.

No dia anterior, as criptomoedas subiram até 78% com o Bitcoin valorizado frente ao dólar após ataques de Trump a Powell, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.