O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta sexta-feira, 27/06/2025, está cotado em R$ 590.478,96. Os touros conseguiram manter US$ 107 mil e agora devem tentar um novo teste em US$ 108 mil para impulsionar o BTC no final de semana.

Bitcoin análise macroeconômica

André Franco, CEO da Boost Research, destaca que os mercados globais apresentaram forte alta, com os principais índices asiáticos atingindo os maiores níveis desde 2021. O movimento foi impulsionado por um acordo entre EUA e China para acelerar as exportações de terras raras, além da perspectiva de cortes de impostos nos EUA.

O dólar caiu ao menor nível em 3,5 anos, pressionado por rumores de substituição do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, o que reacendeu discussões sobre a independência do banco central. Com isso, o apetite por risco voltou com força aos mercados.

“O Bitcoin se valorizou para cerca de US$ 107.300, refletindo o enfraquecimento do dólar e a melhora do sentimento global, consolidando-se como um ativo alternativo em um ambiente de liquidez favorável de fluxos institucionais positivos. A expectativa no curto prazo é positiva, com o Bitcoin sendo beneficiado pela combinação de maior liquidez global e pela continuidade dos fluxos institucionais em criptomoedas, confirmando sua correlação com o sentimento de risco dos mercados tradicionais.”, disse

Vencimento no mercado de Opções

Outro dado importante é que o vencimento trimestral de opções desta sexta-feira (28) movimentou o mercado cripto global com uma força rara. Mais de US$ 17 bilhões em liquidações ocorreram em um só dia, equivalendo a 30% de todas as posições em aberto. A magnitude impressionou: 139 mil contratos de BTC, com valor nocional de US$ 15 bilhões, e 939 mil opções de ETH, somando US$ 2,29 bilhões, expiraram simultaneamente.

Apesar da pressão técnica, o Bitcoin sustentou seu preço acima de US$ 107 mil, reforçando o argumento de força estrutural no atual ciclo.

“A resiliência do BTC neste vencimento mostra a presença contínua de uma base institucional sólida”, afirmou Timothy Misir, chefe de pesquisa da BRN.

Nas últimas 24 horas, cerca de US$ 1,4 bilhão em calls foram negociados em bloco — e quase todas essas posições foram realocadas. Esse movimento aponta para estratégias sofisticadas, com grandes investidores se reposicionando para o próximo trimestre.

A divergência entre as duas maiores criptos ficou evidente nas métricas. O Put/Call Ratio do Bitcoin foi de 0,75, indicando posicionamento mais equilibrado. Já o Ethereum registrou 0,52, sinalizando uma forte inclinação por calls e menor cobertura de proteção, o que amplifica o risco percebido.

Outro destaque foi a diferença na volatilidade implícita (IV). Enquanto a do Bitcoin permaneceu comprimida abaixo de 35%, a do Ethereum flutuou perto de 65%.

“O mercado enxerga o Bitcoin como ativo mais estável no curto e médio prazo. A diferença de 30% entre as IVs é notável”, explicou Misir.

No campo da adoção global, a Índia deu um passo significativo. Pradeep Bhandari, porta-voz do partido governista, propôs um programa piloto de reservas nacionais de Bitcoin, inspirado nas estratégias dos EUA e do Butão. A medida pode impulsionar um novo ciclo de debates sobre criptoativos em mercados emergentes.

Mesmo diante da forte movimentação técnica, os ativos resistiram bem. O Bitcoin caiu 0,75%, para US$ 107.298, enquanto o Ethereum recuou 2,16%, para US$ 2.441. O Solana perdeu 2,85%, cotado a US$ 141,23. A capitalização total de mercado sofreu queda moderada de 1,03%, ficando em US$ 3,28 trilhões.

“O comportamento dos preços indica consolidação saudável, não fraqueza estrutural. A performance do Bitcoin em meio ao vencimento é uma amostra da força do ativo diante de pressões técnicas”, concluiu Misir.

Bitcoin análise técnica

Guilherme Prado, country manager da Bitget, destaca que os ETFs de Bitcoin nos EUA registraram 12 dias consecutivos de entradas líquidas, totalizando US$ 48,4 bilhões desde janeiro e quase US$ 4 bilhões apenas em junho.

Além disso, ele aponta que a dominância do BTC atingiu 66%, o maior patamar desde 2021, indicando preferência clara dos investidores por segurança em detrimento de altcoins, mesmo com a redução da volatilidade geopolítica após o cessar-fogo no Oriente Médio.

O Federal Housing Finance Agency passou a permitir o uso de criptomoedas em processos de hipoteca, um marco para a legitimidade do setor e possível catalisador para adoção institucional.

“Olhando para o lado gráfico, o BTC consolida entre US$ 106.000 e US$ 108.000 após forte recuperação, com viés de alta se mantido acima de US$ 105.000. No mapa de liquidez, vemos uma forte concentração de ordens em US$ 106.000 (suporte) e US$ 110.000 (resistência), com vencimento de opções de US$ 20 bilhões amanhã , o que pode aumentar movimentos bruscos nos próximos dias”, afirmou

Segundo ele, o ativo está formando um padrão de bull flag no diário. Um rompimento acima de US$ 109.000 pode liberar espaço para um rali até US$ 146.000 até o final de 2025.

Para Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, o preço do Bitcoin deu continuidade ao movimento de alta e superou a resistência na faixa de preço de US$ 105.800. Ao superar a resistência, o preço do ativo atingiu, até o momento desta publicação, os US$ 108.272.

 Ao analisar o fluxo, é possível observar que a força compradora está se exaurindo aos poucos se comparado aos movimentos anteriores, os quais tinham candles de força com um alto volume financeiro. No entanto, o preço ainda poderá buscar as resistências das regiões de liquidez dos US$ 109.300 e US$ 111.230. Os suportes de curto e médio prazo estão nas áreas de valor dos US$ 105.500 e US$ 94.700”, disse.

Bitcoin forte impulsona altcoins

Já Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, aponta que o mercado de altcoins pode estar prestes a entrar em um novo ciclo de valorização. Dados recentes revelam que, até 27 de junho, o fluxo médio mensal de altcoins para exchanges caiu para US$ 1,6 bilhão, abaixo da média anual de US$ 2,5 bilhões.

“Esse volume moderado indica menor pressão vendedora e aponta para uma possível fase de acumulação, movimento comum antes de uma altseason — períodos de forte alta nos criptoativos alternativos ao Bitcoin”, disse.

Seguindo esta linha, o analista Mike Ermolaev, fundador da Outset PR, aponta que os gráficos recentes da CryptoQuant destacam esse padrão com clareza. Círculos verdes indicam períodos em que os fluxos mensais ficaram abaixo da linha de base de US$ 1,6 bilhão: início de 2023, segundo semestre de 2023 e entre agosto e setembro de 2024. Em todos esses casos, os fluxos reduzidos antecederam ralis expressivos nos preços das altcoins.

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"Fluxos baixos para exchanges indicam que os investidores estão segurando seus ativos, esperando valorização. Isso é típico antes de fases eufóricas no setor alternativo", afirmou.

Segundo ele, ao manter os ativos fora das exchanges, investidores tendem a reduzir a oferta disponível para venda imediata. Essa escassez momentânea pode gerar pressão de compra com impacto direto nos preços, especialmente quando combinada com eventos catalisadores, como novos lançamentos, listagens estratégicas ou maior interesse institucional.

A trajetória recente dos fluxos também aponta para um padrão de comportamento cíclico. Após quedas nos volumes em 2023 e meados de 2024, o mercado registrou valorização de dois dígitos nas principais altcoins, como Ethereum, Solana e Avalanche. Com o mesmo cenário se formando agora, analistas começam a projetar movimentos similares nas próximas semanas.

A cautela, no entanto, segue presente. O Bitcoin, ainda dominante, dita o ritmo geral do mercado. Qualquer retração significativa no ativo pode atrasar a movimentação das altcoins. Ainda assim, com liquidez concentrada e sinais de desaceleração nas vendas, o setor alternativo está, mais uma vez, posicionado para surpreender.

“A cada novo ciclo, vemos esse padrão se repetir. O atual comportamento de fluxo indica que a próxima perna de alta pode estar muito próxima”, concluiu Ermolaev.

Portanto, o preço do Bitcoin em 27 de junho de 2025 é de R$ 590.478,96. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0017 BTC e R$ 1 compram 0,0000017 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 27 de junho de 2025, são: Sei (SEI), Fartcoin (FARTCOIN) e Aptos (APT) com altas de 5%, 4% e 3% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 27 de junho de 2025, são: Celestia (TIA), SPX6900 (SPX) e Kaia (KAIA) com quedas de -8%, -6% e -5% respectivamente.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão