Após cair para US$ 99 mil e recuperar rapidamente seu valor para US$ 108 mil, o preço do Bitcoin se encontra em um momento estratégico. O mercado já observa três métricas fundamentais que podem empurrar o ativo rumo a uma nova máxima histórica nos próximos dias.

As condições técnicas, a movimentação institucional e a concentração de liquidez em níveis específicos mostram que a criptomoeda pode romper resistências cruciais.

O primeiro fator está na chamada heatmap de liquidações, que mostra zonas de pressão causadas por posições alavancadas no mercado de derivativos. De acordo com dados da CoinGlass, existem três áreas onde a liquidez pode provocar movimentos explosivos. A mais imediata está em US$ 106 mil, onde um grande número de posições vendidas está prestes a ser liquidado.

Logo acima, a região de US$ 108 mil carrega a maior concentração de liquidez. Ela coincide com uma linha de tendência de baixa de longo prazo, e representa o ponto de resistência mais relevante do momento. Se o Bitcoin ultrapassar esse patamar com volume, o movimento pode desencadear uma série de liquidações forçadas, forçando os vendedores a recomprar rapidamente.

Bitcoin em nova máxima histórica

A terceira métrica se localiza entre US$ 111.500 e US$ 112 mil, zona que também concentra ordens alavancadas. Essa região atua como um imã para o preço, funcionando como armadilha para quem insiste em manter posições contrárias à tendência. Se as duas primeiras barreiras forem superadas, o preço tende a alcançar rapidamente essa faixa final, com forte aceleração.

Ao mesmo tempo, Arthur Hayes, ex-CEO da BitMEX, compartilhou em sua conta no X (antigo Twitter) sua visão para o próximo ciclo de alta.

Ele citou três pilares: o avanço da isenção de exigência de reservas de liquidez (SLR) nos EUA, a aprovação do Genius Act — que entrega o mercado de stablecoins para bancos — e a necessidade de ignorar momentaneamente os conflitos geopolíticos, como fazem líderes como Trump e Netanyahu.

Para Hayes, todos esses elementos sinalizam um ambiente altamente propício para o Bitcoin subir.

Superar a resistência de US$ 108 mil

Segundo ele, o momento exige visão estratégica. “Ignore a realidade atual e assuma que o conflito acabou”, escreveu. Essa postura, ainda que provocativa, reflete a lógica especulativa do mercado: preço é antecipação, não consequência imediata dos fatos.

Os dados técnicos reforçam essa percepção. Com o Bitcoin já se aproximando de US$ 107 mil, os traders veem a superação de US$ 108 mil como o gatilho definitivo para novos recordes.

As zonas de liquidação se tornaram mais importantes que médias móveis ou suportes clássicos. Elas mostram, com clareza, onde estão os interesses e onde o mercado pode explodir ou recuar.

Assim, os próximos dias exigem atenção redobrada. As faixas de US$ 106 mil, US$ 108 mil e US$ 112 mil não são apenas números. Elas funcionam como barreiras psicológicas, técnicas e operacionais.

Se o Bitcoin ultrapassar essas três zonas com força, o cenário estará montado para um novo topo histórico, impulsionado por liquidez, apetite institucional e um ambiente macro favorável à disrupção digital.