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Paulo JoséPaulo José

Bitcoin pode ser bloqueado em exchanges brasileiras para quitar dívida em escola particular

Instituição procura saldo em criptomoedas em nome de ré que possui débito de 2018

Bitcoin pode ser bloqueado em exchanges brasileiras para quitar dívida em escola particular
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Uma dívida em um escola particular de Campinas - SP solicita o arresto de Bitcoin em exchanges brasileiras. Segundo a decisão da Justiça, oito corretoras de criptomoedas serão oficiadas e devem informar se a ré em questão possui algum saldo nas plataformas.

O arresto de Bitcoin é visto como uma alternativa de pagamento para a dívida com o escola particular, onde a dívida se estende desde 2018. A dívida cobrada através da Justiça é superior a R$ 40 mil e pode bloquear criptomoedas em exchanges como forma de pagamento pelo débito.

Antes de pedir o arresto de Bitcoin e outras criptomoedas, o escola particular Liceu Salesiano Nossa Senhora Auxiliadora pediu o bloqueio de dinheiro e outros ativos. No entanto, até então a dívida continua pendente.

Bitcoin para pagar dívida em escola particular

O pedido de arresto de criptomoedas na Justiça para o pagamento da dívida apresenta-se como uma solução para o débito que não encontrou dinheiro e outros tipos de bens para bloqueio.

Dessa forma, qualquer saldo em Bitcoin pode garantir o pagamento da dívida, após a Justiça determinar o fornecimento de informações para exchanges mencionadas no processo judicial.

Caso encontre algum saldo, a determinação judicial publicada nesta terça-feira (28) oriente que o valor deve ser enviado para a Comarca de Campinas - SP. No total, as exchanges mencionadas na ação judicial possuem quinze dias para repassar as informações sobre a ré na ação judicial.

“Defiro a expedição de ofício para as corretoras de criptomoedas indicadas para que informem se a executada possui vínculo com as instituições e, caso positivo, transfiram eventuais valores para conta à disposição deste Juízo. Prazo para resposta: 15 dias a partir do recebimento deste, devendo ser encaminhada  ao correio eletrônico institucional do Ofício de Justiça.”

Oito exchanges

O processo judicial sobre a dívida em uma escola particular de Campinas - SP cita oito exchanges que serão oficiadas sobre o caso. Sendo assim, cada empresa deverá informar dados sobre a ré em questão.

Em caso positivo, o valor em criptomoedas deve ser bloqueado pelas plataformas. Além disso, a quantia encontrada deverá ser enviada para a Justiça. As empresas mencionadas no processo judicial são:

 

  1. Mercado Bitcoin
  2. Bitcointoyou
  3. Foxbit
  4. NovaDAX
  5. Bitcointrade
  6. Bittrade
  7. Brasil Bitcoin
  8. Brasiliex

No total, a escola particular pede R$ 40.518,81 referente a cobrança extrajudicial apresentada. O valor poderá ser abatido em Bitcoin e ou outras criptomoedas que supostamente estiverem em nome da ré na ação.

Por outro lado, antes da dívida ser corrigida e alcançar mais de R$ 40 mil, em 2018 a Justiça determinou o pagamento do débito ao escola em seis parcelas, além de uma entrada de 30%.

Sem encontrar solução para a pendência, o escola particular pediu então o arresto de Bitcoin como forma de garantia para o pagamento da dívida. Desse modo, até o dia 12 de agosto de 2020 as exchanges mencionadas na ação devem responder se a ré possui algum saldo em Bitcoin.

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