Resumo da notícia:
SNX, TAO, BAS e USELESS lideram reação e sobem até 150%.
Suavização da narrativa comercial entre EUA e China aparenta surtir efeito.
Medo perde força e altcoins apresenta aumento de pressão de compra.
O mercado de criptomoedas operava a um market cap de US$ 3,88 trilhões (+3,9%) na manhã desta segunda-feira (13), quando o Bitcoin (BTC) orbitava US$ 114,1 mil (+2,1%) com 58,6% de dominância de mercado, sentimento dos investidores próximo à neutralidade (43%) e as principais altcoins avançadas, em até três dígitos.
Entre as altcoins das 100 maiores capitalizações, os melhores desempenhos nas últimas 24 horas eram do Synthetix (SNX) e do Bittensor (TAO), transferidos respectivamente por US$ 2,34 (+140%) e US$ 412,26 (+31,3%). Já a faixa das 500 maiores capitalizações também compreendia o BNB Attestation Service (BAS) e o USELESS, negociados respectivamente por US$ 0,057 (+150%) e US$ 0,37 (+47%)
O fluxo de entrada de capital líquido sucedia o pânico que se instalou na tarde de sexta-feira (10), quando o mercado de criptomoedas foi tomado por uma cascata de liquidações de traders alavancados, quase US$ 20 bilhões, maior volume histórico em 24 horas. O banho de sangue ocorreu depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou o Truth Social a imposição de 100% de tarifa alfandegária a produtos da China, em resposta à decisão do país asiático de aumentar o controle sobre exportações de terras raras.
Além das liquidações, houve casos de perda de paridade (depeg) de stablecoins lastreadas no dólar americano e altcoins usadas como garantia de empréstimos que chegaram a zero, pelo despejo momentaneamente em algumas exchanges, como a Binance. No mercado acionário, o S&P 500 e o Nasdaq, historicamente associados ao desempenho do Bitcoin, caíram a respectivos 6.552,51 (-2,71%) e 22.204,43 pontos (-3,56%) no encerramento de sexta-feira.
Apesar da suavização da retórica comercial dos países no domingo (12), o VIX, “índice do medo” calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, encontrava-se avançado a 19,85 pontos (+8,2%).
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Os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em Bitcoin e em Ethereum (ETH) registraram respectivas saídas líquidas de US$ 4,5 milhões e US$ 174,83 milhões na sexta-feira, segundo dados da SoSoValue. Já as tesourarias não mineradoras de Bitcoin comprara líquidos 35,66 BTC no acumulado semanal desta segunda-feira, quando o total em holding das 37 maiores companhias chegava a US$ 99,37 bilhões.
O mapeamento da Coinglass do mercado de Futuros de criptomoedas apontava alta a US$ 167,1 bilhões (+8,7%) no Interesse Aberto e ascensão a US$ 414,9 bilhões (+49,6%) no volume de negociações. Já que a liquidação de traders alavancados de criptomoedas beirava US$ 621,5 milhões (+21,6%), com desvantagem para os ursos, já que as liquidações de posições vendidas (shorts) superavam US$ 411 milhões ante US$ 210 milhões de posições vendidas (shorts).
A 45,77 pontos, o índice de força relativa (RSI) médio das criptomoedas se mantinha na região neutra, mas com aumento da pressão compradora em relação ao banho de sangue iniciado sexta-feira. O mapa de calor também destacava diversos tokens nas zonas de forte compra ou sobrecompra e de forte venda ou sobrevenda. Na primeira faixa, mais sujeita à correção, estavam tokens como SNX, TAO, BNB, ZEC, COAI, SKYAI, FF, USELESS, ZORA, ETH, ZEC, CAKE, SAHARA, MORPHO, TAKE, ALICE, PTB, CTK, TAG, SYS. No outro extremo, mais sujeito a reversão, estavam tokens como XPL, LTC, FIL, OP, FARTCOIN, FET, AVNT, ORDI, MYX, EIGEN, IO, STBL, OM, 2Z, NOT, TUT, SOLV, HIPPO, DEXE, WAL, XAN.
O índice altseason, que se referencia pelas 100 maiores capitalizações de mercado, também se recuperava ao atingir 42 pontos. No grupo das mil maiores altcoins em market cap, o M era trocado por US$ 2,03 (-6,1%), o DASH se convertia em US$ 53,59 (-4,6%), o ZEC era transferido por US$ 260,07 (-4,2%), o AAVE avançava a US$ 252,04 (+9,8%), o IOTA era transferido por US$ 0,15 (+9,9%) e o KAS estava precificado em US$ 0,063 (+9,7%).
As altas de dois dígitos se encontravam mais numerosas. Nesse grupo, o RENDER estava avaliado em US$ 2,86 (+20%), o ENA era negociado por US$ 0,43 (+19,3%), o SPX se nivelava por US$ 1,25 (+18,3%), o FF era transferido por US$ 0,16 (+43,2%), o B se convertia em US$ 0,22 (+30%), o EUL valia US$ 10,89 (+26,9%), o 4 representava US$ 0,17 (+39,2%) e o H pareava US4 0,095 (+31,3%).
Entre as novas listagens estavam Walrus (WAL) na Binance Binance e Ninance Futuros, LAB na Kucoin e na Bitget, GIGGLE na Poloniex, BFI na Huobi, MEFAI na LBank, LONG e GBNB na BitMart, CORL na Gate.io e MEXC.
Na semana anterior, antes do crash, especialistas alertaram que as baleias estavam despejando para derrubar o BTC e o ETH. Mais cedo, ZORA e AIA remavam em direções opostas com o Bitcoin na luta por US$ 122 mil, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.