Resumo da notícia

  • BTC sobe 3% e volta a testar a faixa dos US$ 115 mil após queda acentuada.

  • Tensões entre EUA e China e tarifas de Trump mantêm pressão sobre ativos de risco.

  • Analistas alertam: demanda à vista e ETFs serão cruciais para sustentar a alta.

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Preço do Bitcoin ao Vivo

9h20 -

Sarah Uska, analista de criptoativos do Bitybank

“O mercado de criptomoedas atravessou uma semana de forte instabilidade, marcada por liquidações históricas e posterior recuperação impulsionada por fatores macroeconômicos e institucionais. Após o anúncio de tarifas de 100% dos Estados Unidos sobre produtos chineses, a aversão global ao risco levou à liquidação de quase US$19 bilhões em posições alavancadas, o maior volume em um único dia na história do setor. O Bitcoin chegou a cair para US$103.893, antes de reagir e recuperar o nível de US$115.000. O Ethereum acompanhou o movimento, voltando para a faixa de US$4.100, após recuar até US$3.500.

Apesar do choque inicial, o evento reduziu a alavancagem excessiva e abriu espaço para uma recuperação mais saudável. O índice de medo e ganância, que havia despencado para a zona de medo, voltou a 40 pontos, indicando estabilização no sentimento dos investidores. Parte desse alívio veio também da postura mais conciliadora de Donald Trump nas negociações com a China, o que reduziu a percepção de risco nos mercados.

Os fluxos institucionais reforçaram o movimento de retomada. Os ETFs de Bitcoin à vista registraram entradas líquidas semanais de US$2,71 bilhões, enquanto os fundos de Ethereum captaram cerca de US$338 milhões, mesmo com saídas pontuais em alguns dias. Esse apetite institucional mostra que, mesmo em momentos de forte correção, grandes investidores seguem acumulando criptoativos, o que ajuda a sustentar os preços.

Com menor alavancagem, entrada líquida em ETFs e alívio geopolítico temporário, o mercado inicia a nova semana em busca de estabilidade. A próxima direção dependerá do equilíbrio entre o avanço dos fluxos institucionais e a evolução do cenário macro nos Estados Unidos.”

9h05

Marco Aurélio Moreira, CIO Vault Capital

O mercado inicia o dia com sinais claros de recuperação de apetite por risco. Os futuros das bolsas americanas abriram em alta, com o Dow Jones subindo 0,98%, o S&P 500 avançando 1,38% e o Nasdaq ganhando 1,92% no pré-mercado.

Esse movimento reforça o tom otimista da manhã, embora o pano de fundo global ainda traga alguma incerteza principalmente por conta das negociações comerciais entre Estados Unidos e China, que seguem sem uma resolução definitiva.

Enquanto isso, o Bitcoin opera entre dois grandes clusters de liquidez. O primeiro está concentrado na faixa dos US$ 109 mil a US$ 113 mil, e o segundo, mais próximo do preço atual, entre US$ 117 mil e US$ 121 mil. Esse segundo nível tem funcionado como um ponto de equilíbrio a zona em que o mercado mede forças entre compradores e vendedores.

Atualmente, cerca de US$ 6 bilhões em posições vendidas seriam liquidados caso o Bitcoin toque US$ 116 mil, e outros US$ 12 bilhões em shorts seriam atingidos se o preço alcançar a região de US$ 125 mil.

Criptomoedas, Preço do Bitcoin, Mercados

Isso cria um cenário técnico interessante: o mercado começa a se alinhar a favor de um movimento estrutural de alta, com potencial para “forçar” compras automáticas à medida que essas posições forem liquidadas. No horizonte, o destaque da semana será o discurso de Jerome Powell no FOMC, previsto para amanhã.

Com o mercado ainda sensível aos temas de política monetária, a volatilidade deve permanecer elevada nos próximos dias. Depois da forte correção e da liquidação recorde, o mercado parece finalmente encontrar o equilíbrio necessário para se reconstruir. Agora, é hora de observar com calma, acompanhar o comportamento dos níveis de 117 a 121 mil dólares e avaliar como o Bitcoin reage

8h30

O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta segunda-feira, 13/10/2025, está cotado em R$ 637.524,38. Os touros ‘juntaram os cacos’ após a forte queda do BTC para US$ 102 mil e impuseram uma alta de 3% neste começo da semana, deixando acesa a chama de uma ampla recuperação.

Bitcoin análise macroeconômica

André Franco, CEO da Boost Research, afirma que os mercados asiáticos recuaram nesta segunda-feira sob o impacto das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, após Donald Trump anunciar para 1º de novembro um aumento de 100% nas tarifas sobre importações chinesas.

Apesar disso, declarações mais brandas no fim de semana ajudaram a suavizar o pânico inicial. Os investidores também digeriram incertezas políticas no Japão e na França, além da divulgação de lucros corporativos nos EUA, que apontam para alta de cerca de 8,8%. No câmbio, o dólar e o iene oscilaram levemente, enquanto os rendimentos dos Treasuries recuaram diante das expectativas renovadas de cortes de juros.

Entre as commodities, o ouro atingiu novas máximas e o petróleo avançou, impulsionado pelo otimismo em torno de um possível acordo comercial.

‘As tensões comerciais elevadas aumentam o risco de aversão e podem retirar capital de ativos mais voláteis. O dólar relativamente forte e o fortalecimento da narrativa defensiva também atuam como resistência a ganhos expressivos no BTC. Ainda assim, o apelo por ativos alternativos em um contexto global hostil oferece algum suporte. É provável que o BTC oscile entre US$ 110.000 e US$ 117.000, com viés de queda caso novas tarifas sejam confirmadas ou o dólar volte a se fortalecer.’, disse
  • Saiba mais sobre a negociação na Kraken.

Bitcoin análise técnica

Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin,  destaca que o mercado ainda está em modo de aversão ao risco.

“A pressão dos fluxos futuros enfraqueceu e a recuperação dos preços depende de liquidez escassa e está vulnerável a repetidos impulsos de venda. Até que o índice retorne estável acima de 50-55, é prematuro falar em retomada da tendência de alta.”, afirmou.

De acordo com Timothy Misir, chefe de pesquisa da BRN, o momento exige cautela. “A limpeza de alavancagem foi positiva para a estrutura do mercado, mas a retomada só será sustentável se houver demanda constante no mercado à vista e fluxo contínuo de ETFs”, afirma o analista. Ele explica que, apesar da melhora técnica, o cenário macroeconômico segue incerto.

A liquidação do fim de semana forçou a saída de posições altamente alavancadas, reduzindo o risco sistêmico e derrubando as taxas de financiamento — o que é considerado saudável. Mesmo assim, Misir observa que o viés de curto prazo permanece frágil. “Ainda há muitos vendidos no mercado, especialmente em plataformas como a Hyperliquid, o que indica posicionamento defensivo e expectativa de nova correção”, destaca.

Entre as principais criptomoedas, o Ethereum subiu 8,2%, para US$ 4.140, enquanto a BNB avançou 14%, atingindo US$ 1.288. A recuperação mais ampla traz alívio, mas Misir reforça que “somente um fechamento diário acima de US$ 116,5 mil, com entradas de ETFs acima de US$ 500 milhões por dia, confirmaria uma retomada sólida rumo aos US$ 125 mil”.

No cenário de alta, Misir aponta que um rompimento sustentado acima de US$ 116,5 mil poderia abrir caminho para US$ 125 mil. No entanto, uma queda abaixo de US$ 108 mil, acompanhada de saída de capitais dos ETFs, poderia levar o Bitcoin de volta à faixa dos US$ 100 mil.

“O mercado fez uma limpeza importante. Agora é hora de gerenciar o tamanho das posições, reduzir alavancagem e esperar confirmações de volume antes de entrar pesado”, conclui Misir. “O investidor disciplinado precisa manter capital disponível para aproveitar uma quebra sustentada ou reforçar compras graduais em caso de nova fraqueza.”

Portanto, o preço do Bitcoin em 13 de outubro de 2025 é de R$ 637.524,38. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0015 BTC e R$ 1 compram 0,0000015 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 13 de outubro de 2025, são: Synthety (SNX), Bittensor (TAO) e Ethena (ENA), com altas de 140%, 30% e 23% respectivamente.

Já as criptomoedas que etão registrando as maiores baixas no dia 13 de outubro de 2025, são: Dash (DASH), MemeCore (M) e ZCash (ZEC), com quedas de -8, -6% e -5% respectivamente.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

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Este artigo não contém conselhos ou recomendações de investimento. Toda decisão de investimento e negociação envolve riscos, e os leitores devem realizar sua própria pesquisa antes de tomar uma decisão.