A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), destacou que Bitcoin, criptomoedas e robos de arbitragem, conhecidos como robos advisors, tem feito a autarquia repensar a atuação no mercado de capitais, segundo publicação do órgão federal.
Segundo a CVM a autarquia lançou o projeto "Ponte de Inovação" justamente para debater estes temas com participantes do mercado de capitais, acadêmicos e potenciais fornecedores de soluções ou serviços poderão apresentar e discutir trabalhos, estudos e aplicações inovadoras com a CVM.
Diante deste canal de comunicação aberto pela autarquia a CVM o tema de criptoativos vem sendo uma das principais pautas dos debates fazendo a a CVM intensificar os debates internos sobre a atuação da autarquia neste mercado.
“Desde 28/8, quando lançamos o Ponte de Inovação ao público, recebemos 15 consultas, incluindo de público estrangeiro. Criptoativos e robô advisor foram destaque nas interações, que já têm proporcionado novos debates internos, devido às experiências e aos questionamentos relatados. Essa troca é muito importante para observar caminhos possíveis para avanços no mercado de capitais. E queremos mais. Esperamos intensificar esse diálogo no próximo ano”, disse Bruno Luna, Superintendente da Assessoria de Análise Econômica e Gestão de Risco da CVM.
Segundo Frederico Shu, Chefe do Centro de Desenvolvimento em Ciência de Dados (CCD/ASA), as interações pela Ponte de Inovação têm sido positivas.
"Por ser um contato direto e rápido, conseguimos atender com eficiência as expectativas do público que nos procura. Todas as mensagens são respondidas na maior brevidade. As 15 demandas recebidas, por exemplo, tiveram a primeira resposta no prazo máximo de 1 semana. E essa proximidade tende a gerar frutos, inclusive, acadêmicos. Estamos estudando a elaboração de um Acordo de Cooperação com uma universidade para o fomento de pesquisas a serem desenvolvidas por alunos de doutorado focadas em inovações financeiras no mercado de capitais”, comentou Shu.
O projeto Ponte de Inovação, foi desenvolvida pelo Núcleo de Inovação em Tecnologias Financeiras (FinTech Hub), criado pela Autarquia em 2016 com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento e a aplicação de novas tecnologias financeiras no mercado de capitais.
“Esperamos que, com a criação desses canais institucionais de diálogo com interessados em inovação no âmbito do mercado de capitais, surjam discussões relevantes que resultem em ganhos para o mercado, que pode se tornar mais eficiente e competitivo com o adequado emprego de novas tecnologias” — Marcelo Barbosa, Presidente da CVM.
Como noticiou o Cointelegraph, a CVM destacou que pode criar, no proximo ano, um cadastro unico de investidores usando a tecnologia blockchain.
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