A semana que termina nesta sexta-feira, 10 de julho, foi muito movimentada para o mercado global de altcoins, com moedas que receberam enorme destaque pelo desempenho positivo, como o Dogecoin, que foi impulsionado por um desafio no TikTok.
O Dogecoin foi mesmo o grande personagem da semana. Impulsionadp pelo desafio no TikTok, o token mais que dobrou de valor, encarando uma correção somente no fim da quinta-feira.
A moeda vinha estável na faixa dos US$ 0,0023 até a segunda-feira e chegou a mais que dobrar de preço, batendo US$ 0,0051 no fim do rali. Com as perdas desta sexta, o Dogecoin agora está na faixa dos 0,0035.
A moeda ainda terminou a semana sendo listada em mais duas exchanges globais.
Outras moedas tiveram grande desempenho no rali desta semana, como Cardano, Chainlink e VeChain.
O Bitcoin teve semana de consolidação no suporte de US$ 9.100, chegando a uma máxima de US$ 9.424 na quarta-feira.
Polêmicas de Paulo Guedes
O Ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, esteve no centro de duas polêmicas nesta semana. Apontado como o ministro mais forte do governo Bolsonaro, Guedes é um dos alvos de investigação da Polícia Federal que apura uma fraude bilionária nos fundos de pensão do país.
O ministro também é famoso por suas frases polêmicas - como é de praxe entre bolsonaristas. Nesta semana, ele causou preocupação no mercado de criptomoedas ao falar em criar um imposto sobre transações digitais, que poderia incluir os pagamentos via celular e transações com Bitcoin.
Ainda em Brasília, um projeto de lei apresentado prevê mudanças no Plano Real e o fim de pagamentos em "dinheiro vivo". Ainda nesta toada, o Banco Central deu sequência aos projetos do PIX e do Open Banking, com o presidente Roberto Campos Neto dizendo que o sistema PIX pode evoluir para uma moeda digital. Corretoras e fintechs já começaram a corrida para se preparar para a inovação.
Os pagamentos em WhatsApp também seguem com a novela contra o Banco Central. O app de mensagens chegou a anunciar o lançamento de pagamentos através da plataforma, mas foi proibido pelo BC. Agora o aplicativo e outros gigantes como Facebook também querem se integrar ao PIX.
Iniciativas blockchain e Cripto no Brasil
Nesta semana outras manchetes envolvendo o ecossistema blockchain no Brasil também chamaram atenção. A tecnologia blockchain foi usada para assegurar a autenticidade de peças históricas de jogadores da seleção brasileira, como o Rei do Futebol, Pelé, e outros jogadores.
Outras duas empresas que integram a rede RippleNet, da Ripple, devem conectar mais de 150.000 pequenas e médias empresas ao setor de comércio global.
Com exclusividade, nesta sexta-feira o Cointelegraph Brasil noticiou que a gigante Binance negocia a compra da exchange brasileira BitcoinToYou.
Na próxima semana, a exchange Mercado Bitcoin deve listar a "primeira criptomoeda brasileira", o utility token WiBX, da plataforma Wiboo.
Fraudes na mira da PF
As fraudes envolvendo criptomoedas também voltaram às manchetes na semana. Na matéria mais lida do Cointelegraph, um idoso perdeu R$ 236.000 em um golpe que lavou dinheiro em Bitcoin através da Mercado Bitcoin.
A exchange também envolveu-se em outra polêmica, depois de ser condenada na Justiça por não devolver um depósito cancelado por um cliente.
A Polícia Federal também atuou em duas operações envolvendo criptomoedas. A primeira prendeu os envolvidos na pirâmide Investimento Bitcoin, que teve publicidade veiculada em grandes TVs como Record e Band.
Nesta sexta-feira, a polícia ainda prendeu empresários ligados ao Movimento Brasil Livre (MBL), que teriam lavado dinheiro com Bitcoin.
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