O Banco Itaú, um dos principais bancos do Brasil, anunciou nesta quarta, 12, anunciou um investimento milionário na Liqi, startup de tokenização de ativos baseada em blockchain. Segundo o anuncio o aporte da Série A foi de R$ 27,5 milhões e foi liderado pelo fundo de Corporate Venture Capital do Itaú Unibanco.
Além do Itaú, também participaram a Oliveira Trust, empresa financeira referência em soluções para administração de fundos e serviços fiduciários no Brasil e o fundo Honey Island by 4UM, criado em parceria entre a Honey Island Capital e a 4UM Investimentos.
A Liqi destacou que pretende utilizar o montante para dobrar a equipe em seis meses, com o objetivo de quebrar o paradigma do mercado financeiro tradicional de investimentos, com o uso da tecnologia do blockchain.
Para Philippe Schlumpf, que está à frente do Kinea Ventures, como um fundo de investimento de um dos principais bancos do país, investir na Liqi foi algo natural em função das tendências no mercado de tokenização e cripto.
"O potencial de modernização do mercado já é reconhecido mundialmente e acreditamos que, com a Liqi, teremos a oportunidade de acelerar em termos de inovação tecnológica e lançamento de novos produtos”, disse.
Fundada em 2021, a startup possui dois produtos: a Liqi, corretora que conta com ofertas primárias de tokens emitidos por empresas parceiras e que podem ser adquiridos por investidores, e a Tokenize, plataforma B2B que é responsável pela infraestrutura da emissão dos tokens via blockchain, usando o Ethereum (ETH).
“Desde que criamos a Liqi, nossa missão é conectar blockchain, tokens e criptomoedas ao mercado tradicional financeiro. Estamos muito felizes com essa rodada por contar com parceiros tão estratégicos e com sinergia com nosso negócio. A Liqi passa a ter sócios que aproximam a agenda cripto à regulatória, movimento importante para a viabilização do nosso proposito”, Daniel Coquieri, CEO da Liqi.
Fundada em 2021, a startup possui dois produtos: a Liqi, corretora que conta com ofertas primárias de tokens emitidos por empresas parceiras e que podem ser adquiridos por investidores, e a Tokenize, plataforma B2B que é responsável pela infraestrutura da emissão dos tokens via blockchain, usando o Ethereum (ETH).
Liqi
“Para 2022, nossa expectativa é transacionar 10 bilhões de reais na emissão de tokens e criptomoedas. Para isso, vamos lançar novos produtos voltados ao investidor na plataforma da Liqi, como a abertura da oferta secundária, - que é a negociação de investidor para investidor -, uma vertical de NFTs, além das criptomoedas e outros serviços que estão no nosso radar”, destaca Coquieri.
A tokenização está em plena expansão no Brasil, tanto que, recentemente durante sua fala de encerramento no webinar “Tecnologias para emissão e compatibilidade com arranjos existentes”, o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, destacou o potencial do mercado de criptomoedas e como ele está mudando a forma como o dinheiro circula no ambiente digital.
Segundo ele a tokenização de ativos e o lançamento de ativos digitais é uma realidade e cabe aos reguladores disponibilizar um ambiente seguro para que empreendedores possam propor inovações e para que uma base maior de cidadãos possa se beneficiar dessas tecnologias.
"Sem exposição a incertezas de um ambiente financeiro não regulado", afirmou.
Nesta linha de disponibilizar um ambiente seguro, pela primeira vez em sua história o BC, autorizou a emissão de tokens, em blockchain, dentro do sistema financeiro nacional.
A autorização ocorreu dentro do Sandbox regulatório do BC e foi destinada a empresa Brasil OTC, uma das selecionadas pelo regulador para desenvolver sua solução no ambiente regulado.
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