A fintech Liqi, criada pelo fundador da BitcoinTrade, Daniel Coquieri, anunciou uma parceria com a loja virtual de vinhos Grand Cru e a PagCartão.com. O objetivo da parceria é o lançamento de um token lastreado em recebíveis provenientes de pagamentos feitos no cartão de crédito.
Segundo explicou Coquieri, o mercado de recebíveis de cartão de crédito esta em plena abertura com a chegada das registradoras. Antes os recebíveis dos cartões eram adquiridos pelas próprias adquirentes, bancos ou FDICs.
"Agora vão começar a ter um novo veículo para que investidores possam acessar este mercado através da tecnologia do blockchain e tokenização. Estamos diante dos primeiros passos da transformação por completo deste mercado. Desintermediar essas operações e dar valor a quem interessa: Dono do ativo e dono do dinheiro, entres eles o máximo de tecnologia, eficiência, segurança, transparência. O mínimo de intermediários, backoffice e regras ocultas", disse.
A operação compreende uma taxa de antecipação de 1,33% a.m. no período de 4 meses (com amortizações, que geram liquidez, mensais) ou um ganho real de 3,33% no período completo.
No total serão cerca de R$ 96.750,00 convertidos em 3.870 tokens que estão sendo comercializados na plataforma da Liqi.
Tokenização é uma realidade
Recentemente durante sua fala de encerramento no webinar “Tecnologias para emissão e compatibilidade com arranjos existentes”, o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, destacou o potencial do mercado de criptomoedas e como ele está mudando a forma como o dinheiro circula no ambiente digital.
De acordo com o presidente a tokenização de ativos e o lançamento de ativos digitais é uma realidade e cabe aos reguladores disponibilizar um ambiente seguro para que empreendedores possam propor inovações e para que uma base maior de cidadãos possa se beneficiar dessas tecnologias.
"Sem exposição a incertezas de um ambiente financeiro não regulado", afirmou.
Nesta linha de disponibilizar um ambiente seguro, pela primeira vez em sua história o BC, autorizou a emissão de tokens, em blockchain, dentro do sistema financeiro nacional.
A autorização ocorreu dentro do Sandbox regulatório do BC e foi destinada a empresa Brasil OTC, uma das selecionadas pelo regulador para desenvolver sua solução no ambiente regulado.
A Brasil OTC usa blockchain para tokenizar títulos de dividas privadas e com isso atua como registradora e liquidante de transações de compra e venda dos ativos tokenizados, tal qual o Mercado Bitcoin, Liqi e Foxbit fazem com precatórios e outros títulos em suas plataformas.
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