O mercado de criptomoedas operava a um market cap de US$ 2,73 trilhões (+3,9%) na manhã desta terça-feira (1), quando o Bitcoin orbitava US$ 84,2 mil (+3%) com recuo semanal de 3,2%, dominância de mercado a 61,3%, sentimento de medo dos investidores (24%) e alta da maioria dos principais tokens, cujos picos chegavam a 400%.
O desempenho das criptomoedas em relação ao S&P 500 e ao Nasdaq, encerrados respectivamente em 5.611,85 (+0,55%) e 17.299,29 pontos (-0,14%), dava sinais de cautela e comportamento difuso dos investidores. Por outro lado, o Dow Jones Futuros iniciava o dia em queda a 42.046,00 (-0,56%), movimento que pode se refletir em correção do Bitcoin ao longo do dia pelo aumento da aversão ao risco.
Os investidores de criptomoedas têm motivos a mais para ficarem atentos à possibilidade de aumento de volatilidade a partir de alguns catalisadores nesta semana. Entre eles a divulgação do relatório Jolts referente a março nos Estados Unidos pelo Bureau of Labor Statistics, o Departamento do Trabalho daquele país. Ainda nessa terça, a organização sem fins lucrativos ISM (Instituto Para a Gesta de Oferta, na sigla em inglês) divulga o Índice de Gerente de Compras (PMI) da indústria, que mede o aquecimento manufatureiro na maior economia global.
A divulgação do Jolts e do PMI antecede outro possível catalisador de volatilidade das criptomoedas: o “dia da libertação”. O termo vem sendo utilizado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em referência ao dia 2 de abril. A data marca o possível início de uma guerra comercial de escala global. Na ocasião, entram em vigor novas tarifas alfandegárias decretadas pelo republicano, como a taxação em 25% de automóveis e autopeças de outros países e as tarifas recíprocas, que se juntam a outras cobranças de taxas, como as vinculadas ao alumínio e ao aço.
Em meio ao do FUD (medo, incerteza e dúvida) dos investidores, o Volatility Index (VIX), calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, conhecido como índice do medo, encontrava-se avançado a 22,56 pontos (+4,11%). Já os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin recuaram em líquidos US$ 71,07 milhões, enquanto os ETFs de Ethereum avançaram em líquidos US$ 6,42 milhões, segundo dados da plataforma SoSoValue.
O índice altseason, que mede o nível de rotação de capital para os principais tokens em capitalização de mercado, recuava a 16 pontos. Nesse grupo de tokens, o DEXE derretia a US$ 12,80 (-26,9%), o IP se retraía a US$ 4,61 (-5,9%), o JUP caía a US$ 0,42 (-5,4%), o RENDER avançava a US$ 3,65 (+8,4%), o BERA chegava a US$ 7,26 (+8,4%), o S era trocado por US$ 0,51 (+8,3%), o PEPE atingia US$ 0,0000075 (+7,7%), o AAVE se convertia em US$ 166,89 (+7,3%), o JTO se comparava a US$ 2,36 (+7,3%) e o TRAC representava US$ 0,36 (+8,8%).
Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o FARTCOIN valia US$ 0,52 (+31,9%), o CRV se referenciava por US$ 0,53 (+15,9%), o SPX atingia US$ 0,53 (+27,3%), o COMP era transacionado por US$ 49,14 (+26,7%), o QUBIC era transferido por US$ 0,0000010 (+22%), o ORBR estava precificado em US$ 0,12 (+20%), o DOGINME era comprado por US$ 0,0013 (+68,4%), o 0X0 se liquidava por US4 0,11 (+35,5%), o KEYCAT se transformava em US$ 0,0059 (+25,7%) e o AMPL respondia por US$ 1,24 (+18,7%).
Entre os destaques estava a listagem global do GUN, token da blockchain de camada 1 (L1) focada em jogos da Web3 Gunz, em diversas exchanges globais. Entre elas Gate.io, Birget, Bybit Futuros, OKX Futuros, MEXC e Binance, onde o token era negociado por US$ 0,075 (+151%) com um pico de preço de 400%.
A Binance também anunciou a inclusão do KERNEL, token do protocolo de restaking KerneDAO, no programa de recompensas vinculado a missões na WEB3 Megadrop. Nesse caso, os participantes compartilharão uma premiação total de 40.000.000 de KERNEL (4% do suprimento total do token) do 4º projeto do programa.
No dia anterior, as criptomoedas recuavam e o Bitcoin lutava por US$ 82 mil sem trégua da inflação e da guerra tarifária de Trump, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.
Siga o Cointelegraph Brasil para acompanhar as notícias em tempo real: estamos no X, no Telegram, no Facebook, no Instagram e no YouTube, com análises, especialistas, entrevistas e notícias de última hora do mercado de cripto e blockchain no Brasil e na América Latina.
