A startup brasileira Absense lançou recentemente uma solução de testamento digital em blockchain focada na preservação do espólio de influencers do YouTube, TikTok e outras plataformas de mídia social, que faturam alto com publicidade e monetização por número de acesso.
A ideia da empresa, que ressaltou a legalidade da solução perante a justiça brasileira, é proteger o espólio digital dos influencers, embora o testamento digital seja aberto a qualquer pessoal como forma de preservação de conteúdo nas plataformas.
Na prática, a criação de um testamento em blockchain significa que o usuário pode definir o destino de seus bens digitais – como redes sociais, contas de streaming, criptoativos, milhas e até a tutela de pets – de forma simples e segura.
O CEO da Absense, Paulo Silvestre, reforça a autonomia total oferecida ao usuário pela plataforma, para que organize seu patrimônio digital em vida, sem burocracia e valor oneroso, como acontece em um testamento tradicional. Ele acrescenta que a iniciativa também tem o viés de preservação da memória afetiva das pessoas contidas nas plataformas.
“As redes sociais deixaram de ser só um canal de comunicação – hoje, elas têm valor financeiro e emocional. Nosso objetivo é garantir que esse patrimônio seja preservado”, explica.
De acordo com a startup, quando o perfil é de uma personalidade famosa que já faleceu, a audiência continua lá, o engajamento também, e a monetização continua.
O patrimônio digital veio à tona novamente em 2024, com a partida de ícones como Silvio Santos, Sérgio Mendes, Ziraldo, Cid Moreira e Liam Payne.
Um caso curioso é o da atriz estadunidense Whoopi Goldberg, que já revelou ter feito um testamento digital proibindo o uso de sua imagem como holograma após sua morte. Uma forma de preservar não só seu patrimônio, mas também seu legado artístico.
No final do ano passado, o Colégio Notarial do Brasil - Conselho Federal (CNB/CF) também revelou que mais de oito mil Diretivas Antecipadas de Vontade (DAVs), popularmente conhecidas como Testamento Vital, foram registradas em cartórios de notas do país, por meio do e-notoriado, plataforma que usa a blockchain do Hyperledger Fabric, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.
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