O mercado de criptomoedas se encontrava recuado a um market cap de US$ 2,65 trilhões (-1,44%) na manhã desta segunda-feira (31). A pressão de saída líquida era percebida pela retração do Bitcoin (BTC) a US$ 82,1 mil (-1,1%) com 61,6% de dominância de mercado, sentimento de medo (24%) dos investidores e queda da maioria das principais altcoins em capitalização de mercado.
A pressão vendedora sobre as criptomoedas se correlacionada, entre outros índices acionários, com o desempenho do S&P 500 e do Nasdaq, encerrados respectivamente em 5.580,94 (-1,97%) e 17.322,99 (-2,70%) na última sexta-feira (28). A queda sucedeu a divulgação do Índice de Preços de Gastos de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês), que apontou resiliência da inflação e a possível chegada de um cenário desfavorável a mercados como o de criptomoedas, associado ao risco.
Segundo os dados do Departamento do Comércio, o PCE avançou 0,3% em fevereiro, enquanto o núcleo PCE, que exclui componente voláteis como energia e alimentos, subiu 0,4% no período e um acumulado anual de 2,8%, acima da expectativa dos analistas.
Outro catalisador de volatilidade do Bitcoin, também relacionado à inflação, é a aproximação do “dia da libertação”, termo utilizado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para o dia 2 de abril. A data marca o possível início de uma guerra comercial de escala global. Na ocasião, entram em vigor novas tarifas alfandegárias decretadas pelo republicano, como a taxação em 25% de automóveis e autopeças de outros países e as tarifas recíprocas, que se juntam a outras cobranças de taxas, como as vinculadas ao alumínio e ao aço.
Na seara do FUD (medo, incerteza e dúvida) dos investidores, o Volatility Index (VIX), calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, conhecido como índice do medo, encontrava-se avançado a 24,12 pontos (+29,05%). Já os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin recuaram em líquidos US$ 93,16 milhões, enquanto os ETFs de Ethereum (ETH) avançaram em líquidos US$ 4,68 milhões, segundo dados da plataforma SoSoValue.
O índice altseason, que mede o nível de rotação de capital para os principais tokens em capitalização de mercado, mantinha-se a 17 pontos. Nesse grupo de tokens, o BERA derretia a US$ 6,66 (-10,7%), o MOVE se retraía a US4 0,40 (-10,3%), o PI recuava a US$ 0,69 (-9%), o JUP retornava a US$ 0,44 (-8,4%), o IP caía a US$ 4,87 (-7,9%), o HBAR se nivelava por US$ 0,15 (-7%), o EOS avançava a US$ 0,62 (+8,2%), o ZEC chegava a US$ 38,17 (+6,5%), o FORM representava US$ 2,32 (+5,3%), o CORE atingia US$ 0,49 (+4,9%) e o HYPE valia US$ 12,91 (+4,2%).
Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o WAL estava cotado a US$ 0,46 (+12,5%), o GameBuid (GAME) pareava US$ 0,0045 (+36,2%), o CCD se traduzia em US$ 0,0048 (+12,9%), o X se comparava a US$ 0,000082 (+10,8%), o BROCCOLI estava precificado em US$ 0,051 (+12%), o VINE era comprado por US$ 0,045 (+37,3%), o MLN atingia US$ 14,02 (+31,4%), o QRL se estabelecia em US$ 0,59 (+15%), o AKI alcançava US$ 0,013 (+30%) e o MAVIA estava quantificado em US$ 0,42 (+12,8%).
Entre as novas listagens em exchanges de criptomoedas estavam KEYCAT na Coinbase, KILO na Bitget, KNIGHT e SUNWUKONG na Poloniex, MLN na BitMart e LBank, ZP e FAI na Gate.io, GUN na Kucoin, WAL na Biconomy e RSR na AscendEX.
Na semana anterior, quatro criptomoedas acumulam até 2.200% em eleição de listagem na Binance em dia de pressão sobre o Bitcoin com PCE, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.