Em movimento de saídas líquidas na manhã desta sexta-feira (28), o mercado de criptomoedas operava a um market cap de US$ 2,76 trilhões (-3,3%), enquanto o Bitcoin (BTC) orbitava US$ 84,8 mil (-2,7%) com dominância de mercado elevada a 61,1%, sentimento de medo dos investidores (33%) e as principais altcoins em queda, apesar de algumas altas de até três dígitos percentuais, incluindo novas listagens.

O recuo do BTC coincidia com a aproximação da divulgação do Índice de Preços de Gastos de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês). Os dados de fevereiro a serem divulgados na manhã dessa sexta pelo Departamento do Comércio dos Estados Unidos influenciam diretamente mercados como o de criptomoedas, associados ao risco, porque estão relacionados à inflação e, consequentemente, à postura do Federal Reserve (Fed) em arrochar ou afrouxar o custo do dinheiro na maior economia global através da taxa de juros.

Na seara do FUD (medo, incerteza e dúvida) dos investidores também está a aproximação do “dia da libertação” (2 de abril), termo utilizado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que pode dar início a uma guerra comercial de escala global. Na ocasião, entram em vigor novas tarifas alfandegárias decretadas pelo republicano, como a taxação em 25% de automóveis e autopeças de outros países e as tarifas recíprocas, que se juntam a outras cobranças de taxas, como as vinculadas ao alumínio e ao aço.

A volatilidade do mercado cripto podia ser percebida pelo avanço a 18,98 pontos (+3,55%) do Volatility Index (VIX), calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, conhecido como índice do medo. Apesar disso, os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin avançaram em líquidos US$ 89,06 milhões, enquanto os ETFs de Ethereum (ETH) recuaram em líquidos US$ 4,22 milhões, segundo dados da plataforma SoSoValue.

O índice altseason, que mede o nível de rotação de capital para os principais tokens em capitalização de mercado, recuava a 17 pontos. Nesse grupo de tokens, o CAKE derretia a US$ 2,14 (-10,3%), o STX recuava a US$ 0,67 (-10,1%), o LDO retornava a US$ 0,94 (-10%), o ENA valia US$ 0,38 (-9,8%), o JASMY se comprimia a US$ 0,011 (-9,7%), o TRUMP caía a US$ 10,34 (-9,4%), o FORM atingia US$ 2,43 (+5,3%), o CRO chegava a US$ 0,10 (+3,8%) e o BERA se nivelava por US$ 8,36 (+2,8%).

Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o SAFE chegava a US$ 0,57 (+11,5%), o WAL representava US$ 0,46 (+24,2%), o FAI atingia US$ 0,026 (+12,3%), o KEEP se traduzia em US$ 0,11 (+40,4%), o CARV estava quantificado em US$ 0,45 (+23,3%), o BROCCOLI estava cotado a US$ 0,057 (+14,9%), o ALI respondia por US$ 0,0073 (+10,7%), o SWEAT era comprado por US$ 0,0055 (+11,9%).

Chamava a atenção o desempenho do TUT, token da ferramenta de educacional alimentada por inteligência artificial (IA) Tutorial, negociado por US$ 0,036 (+125%) e com um acumulado de 2.200% desde fevereiro, quando o TUT foi lançado.

Gráfico de 24 horas do par TUT/USD. Fonte: CoinMarketCap

O TUT faz parte de um grupo de quatro tokens da BNB Chain que listados na noite de quinta-feira (27) na plataforma de negociação spot da Binance. Esses tokens foram escolhidos a partir de um programa de votação de listagem lançado este mês pela exchange de criptomoedas. O “Vote to List“ (Vote para Listar) absorveu o programa “Zona de Inovação” da plataforma, já que os tokens votados pertencem a projetos em estágio inicial e com potencial de crescimento. Além do TUT, foram listados Mubarak (MUBARAK), CZ'S Dog (BROCCOLI714) e Banana For Scale (BANANAS31).

No dia anterior, o WAL estreou com explosão de 16.800% e o Bitcoin mantinha US$ 87 mil após Trump tarifar automóveis e derrubar os mercados, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.