Depois de aplicar um golpe de mais de R$ 30 milhões que lesou clientes em todo o Brasil os operadores da Wolf Trade Club,anunciaram um novo projeto "Eu sou seu Maior Ativo".
O novo projeto foi anunciado por Lucas Bubiniak, fundador da Wolf Trade Club.
Embora Bubiniak não tenha dado detalhes sobre o projeto ele destacou que a iniciativa representa um "novo ciclo" para a Wolf Trade Club.
“Esses projetos visam levantar recursos para que possamos trazer paz de espírito para aqueles que temos pendência e para que, de uma vez por todas, possamos provar que nunca tivemos má fé”, disseram em um vídeo.
Golpe antigo
Contudo, desde 2019 a Wolf Trade Club não paga os supostos rendimentos de seus usuários, alegando uma série de problemas.
Na época em que o Bitcoin estava próximo de atingir seu máximo histórico a empresa de Bubiniak prometia retorno garantido de até 50% ao mês por meio de supostas de trade na B3.
Interessante notar que na mesma época a Unick Forex, apontada com o maior golpe baseado em bitcoin no Brasil, também iniciava suas operações.
Porém a empresa e seu fundador não tinha autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e, portanto, não poderiam oferecer pacotes de investimento no Brasil.
Desta forma todas as operações da Wolf Trade eram consideradas ilegais.
O fato de realizar operações no Brasil sem autorização e as suspeitas de pirâmide financeira levaram Bubiniak a ser investigado pelas autoridades.
Assim uma das instituições que investigou o caso, a Polícia Civil, afirmou que tudo não passava de um golpe que teria arrecadado R$ 30 milhões.
Preso pela Polícia
Embora o golpe tenha surgido em 2017 os pagamentos dos supostos rendimentos começaram a atrasar em 2018.
O caso gerou a ira dos investidores que passaram a cobrar Bubiniak e a abrir ações judiciais contra a empresa que já passava por investigações.
Assim, atolado em problemas a empresa acabou sendo alvo de uma operação policial no ano passado que desmantelou o esquema e revelou as operações fraudulentas.
Na operação foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão na sede da suposta pirâmide e nas casas dos sócios e funcionários.
Dois integrantes foram presos.
Carros de luxo, relógios e armas também foram apreendidos.
Já Bubniak, presidente da empresa, ficou foragido por dois dias.
Depois de se entregar, ele ficou preso por alguns dias e foi liberado.
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