Na última semana, o Brasil seguiu o entusiasmo com decreto de Donald Trump e investiu R$ 71 milhões em fundos de criptomoedas. Porém, o entusiasmo dos investidores nacionais também abarcou cinco altcoins em alta mensal de até 1.200%.
No segundo caso, o monitoramento da plataforma CoinMarketCap voltado aos investidores brasileiros, a partir do filtro de 30 dias, destacava o XCN, token do provedor de infraestrutura blockchain de nível empresarial Onyxcoin, negociado por R$ 0,18 (-32,8%) com alta acumulada de 1.200% em 30 dias, projeto que apresentava R$ 5,5 bilhões em market cap e que ocupava a 94ª colocação em capitalização de mercado. Na semana anterior, o XCN apresentou ascensão semanal de 400%.
Gráfico de 30 dias do par XCN/USD. Fonte: CoinMarketCap
Negociada por R$ 0,27 (-4,6%) com valorização de 1.000% em dois dias e R$ 234 milhões em market cap (3.090ª colocação no ranking), a memecoin baseada em Solana Alpha (ALPHA) chamava a atenção, além da alta, pela possibilidade de parte dos investidores terem confundido um token com homônimos, já que o monitoramento apresentava mensagem de não verificação do market cap do ALPHA, além de uma tarja “FALSE” do rastreador de contratos e carteiras Solscan.
O monitoramento de preços mostrava que as memecoins continuaram liderando a preferência dos investidores brasileiros mais ávidos pelo risco. Isso porque o Top 5 dos tokens em alta de 30 dias mais procurados era completada por cinco tokens do segmento: Toshi (TOSHI), negociado por R$ 0,0067 (-39%) com alta mensal de 670%; BDOGITO, precificado em R$ 0,15 (+1%) com valorização de 332% em 30 dias; e Official Trump (TRUMP), cotado a R$ 160,95 (-7%) com expansão de 300% no período.
Em uma zona de risco ainda mais elevada, o Patriota Coin (PATRIOTA), promovida por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que chegou a subir 9.405%, era transacionada por US$ 0,00050 (-57%) na tarde dessa sexta-feira. Já o BRAZIL, outra memecoin ligada à imagem de Bolsonaro, teria sido promovida através de um suposto hack no perfil do ex-presidente.
As memecoins não são o único termômetro do apetite dos investidores nacionais. Na última semana, um relatório do Banco Central (BC) mostrou que as importações de criptomoedas no país alcançaram o recorde de US$ 18,2 bilhões em 2024, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.