Os aportes do Brasil em produtos de investimento baseados em criptomoedas alcançaram US$ 12 milhões, R$ 71 milhões, no acumulado semanal da última sexta-feira (24), quando as entadas líquidas globais totalizaram US$ 1,85 bilhão, segundo a CoinShares.

De acordo com o relatório da gestora de criptomoedas, apesar do movimento em linha no comparativo com o período anterior, o volume de negociação de fundos cripto chegou a US$ 25 bilhões, o que representou 37% do volume transacionado em exchanges de criptomoedas consideradas confiáveis. 

Na avaliação da CoinShares, o catalisador foi a ordem executiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a criação de uma força-tarefa voltada à criação de um fundo de reserva estratégica de Bitcoin e a criação de um marco regulatório para o mercado cripto no país.

O Brasil seguiu a tendência global na semana anterior, já que Estados Unidos, Suíça, Canadá, Alemanha, Hong Kong e Austrália também registraram entradas líquidas, respectivamente de US$ 1,74 bilhão, US$ 34,6 milhões, US$ 30,9 milhões, US$ 23,1 milhões, US$ 14 milhões e US$ 6,9 milhões. Em direção contrária, a Suécia sacou líquidos US$ 5,7 milhões.

Pela aferição do total de ativos sob gestão (AuM, na sigla em inglês), o volume de investimentos globais chegou a US$ 173,31 bilhões. Nesse caso, o Brasil, que já aportou US$ 40 milhões em fundos cripto em 2025, chegou a US$ 1,54 bilhão e se manteve na sexta colocação global. Estados Unidos, Suíça, Canadá, Alemanha e Suécia também permaneceram em suas posições com respectivos AuM de 134,9 bilhões, US$ 8,07 bilhões, US$ 6,56 bilhões, US$ 6,29 bilhões e US$ 4,07 bilhões.

Por criptoativo, os fundos em Bitcoin (BTC) representaram US$ 1,59 bilhão em depósitos líquidos no acumulado semanal. Nesse caso, fundos de Etherem (ETH), XRP, cestas multiativos, Solana (SOL), Chainlink (LINK) e short Bitcoin representaram respectivas entradas líquidas de US$ 204,7 milhões, US$ 18,5 milhões, US$ 17 milhões, US$ 6,8 milhões, US$ 6,6 milhões e US$ 5,1 milhões, enquanto outras altcoins totalizaram US$ 8,2 milhões.

O relatório mostrou que, mais uma vez, os fundos negociados em bolsa (ETFs, na sigla em inglês) da BlackRock, iShares Bitcoin Trust e iShares Ethereum Trust, capitanearam  a pressão compradora com líquidos US$  1,45 bilhão. Na sequência Fidelity ETFs, ARK 21 Shares e 21Shares AG responderam por US$ 202 milhões, US$ 173 milhões e US$ 26 milhões, respectivamente. Na contramão, os fundos da gestora Grayscale representaram US$ 124 milhões em saídas líquidas, seguidos por Bitwise ETFs, Volatility Shares Trust e CoinShares XBT, com respectivas saídas líquidas de US$ 19 milhões, US$ 17 milhões e US$ 14 milhões.

Na semana anterior, os aportes nacionais alcançaram R$ 25,5 milhões em fundos de criptomoedas em meio a euforia com Trump e nova máxima histórica do Bitcoin, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.