Negociado por US$ 0,50 (-2,3%) e com ascensão de 445% em 30 dias, até o início da tarde desta quarta-feira (4), o XLM, token nativo da blockchain Stellar, liderava a lista de maior alta mensal entre os 20 tokens zumbis elencados pela Forbes em uma publicação de abril.
Na ocasião, o artigo se baseou nos tokens nativos de blockchains com capitalização de mercado acima de US$ 1 bilhão, porém com características de “mortos-vivos” pela ausência de utilidade ou base significativa de usuários em suas respectivas plataformas.
Segundo a Forbes, a existência, e a té a prosperidade dessas altcoins, aconteceu por causa da especulação e financiamento inicial significativo e não porque os projetos alcançaram seus respetivos objetivos tecnológico ou prático.
Em relação à Stellar (XLM), a blockchain nasceu de uma bifurcação (fork) do protocolo da startup de pagamentos internacionais Ripple (XRP), cujo propósito é servir com alternativa ao sistema de remessas transfronteiriças belga SWIFT, considerado caro e lento.
Segundo os analistas da Forbes, o XRP, “outro zumbi”, falhou em cumprir esse papel e depende de negociações especulativas para manter seu valor de mercado, US$ 36 bilhões na ocasião. Sete meses depois, o XRP alcançava a terceira colocação em market cap, US$ 146,2 bilhões no momento desta edição. No radar da Ripple, estão o lançamento de uma stablecoin (RLUSD) e fundos negociados em bolsa (ETFs) baseados em XRP, que era transacionado por US$ 2,60 (+6,4%) com alta mensal de 410%.
Na mira da Forbes também estava o ALGO, token da blockchain focada em finanças descentralizadas (DeFi) Algorand, negociado por US$ 0,50 (-7,8%) e com a maior alta mensal de 357%, a maior ascensão entre os chamados rivais da rede Ethereum (ETH), que, segundo os analistas, não tiveram grande adoção ou atividade, apesar de oferecerem capacidade avançada de processamento.
Nesse grupo estava o ADA, token nativo da blockchain Cardano, trocado de mãos por US$ 1,21 (+1,1%) com valorização de 267% em 30 dias. No caso do ADA, a especulação em torno do token seria por causa da proeminência de seu fundador, Charles Hoskinson, cofundador da rede Ethereum.
De acordo com a Forbes, essas blockchains não possuem mecanismos de governança e responsabilidade financeira, além de operarem fora do guarda-chva regulatório ou obrigações para com seus acionistas.
Completavam a lista dos 20 tokens zumbis elencados pela Forbes, em ordem decrescente de ganho mensal: EOS (+228%); THETA (+190%); XTZ (+189%); FLOW (+152%); EGLD (+148%); FTM (+116%); ETC (+111%); ICP (+111%); AR (+100%); MINA (+100%); LTC (+92%); STX (+77%); BSV (+74%); BCH (+68%); KAS (+55%); XMR (+25%).
Alheias aos zumbis, se é que também não são, dez criptmoedas de baixa capitalização podem subir até 10.000% na “maior altseason de todos os tempos”, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.