Com o preço do Bitcoin (BTC) preso em uma lateralização na faixa de US$ 60 mil a US$ 63 mil os analistas vêm apontando que isso abre oportunidade de investimento no mercado de altcoins que vem ganhando cada vez mais destaque e adeptos de olho na lucratividade destes criptoativos.

O brasileiro Tasso Lago, especialista em criptomoedas e fundador da Financial Move aponta no entanto que os investidores não podem deixar o Bitcoin de lado, embora as altcoins venham apresentando grande rendimento.

Segundo ele, o Bitcoin rompeu uma cunha ao longo das semanas e está livre para buscar novo movimento altista.

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Para Lago, os gráficos apontam que o suporte na região de US$ 58 mil e US$ 60 mil estão muito fortes monstrando que os touros estão comprando as quedas e se preparando para um novo movimento que pode quebrar o recorde histórico de US$ 67 mil.

"É bem improvável uma queda abaixo dos US$ 58 mil nesse momento e acredito que a qualquer momento o preço pode se animar e iniciar um movimento em direção aos US$ 70 mil dólares novamente", afirma.

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Bitcoin precisa reagir para subir

Já Daniela Hathorn, analista da DailyFX, não acredita em uma alta no BTC no curto prazo. Embora mantenha uma perspectiva otimista sobre a criptomoeda e seus fundamentos para o futuro ela aponta que o par BTC/USD tem sido negociado lateralmente nas últimas 2 semanas, já que os efeitos da alta anterior estão se dissipando.

"Os investidores provavelmente estão procurando o próximo catalisador para outra etapa de alta, mas a ausência de tal deve deixar o Bitcoin vulnerável a uma quebra abaixo de US$ 60.000. Dito isso, a última alta estava mostrando um padrão um pouco mais saudável, uma vez que se estendeu por um período de tempo mais longo, em vez de apenas alguns dias, e as pequenas retrações permitiram que novos traders criassem um novo impulso de compra", disse.

Portanto, para ela, isso significa que as máximas atuais são provavelmente mais sustentáveis, com a recente ação dos preços formando um padrão que poderia ser construído como um triângulo simétrico, com um corpo estreito procurando uma quebra sustentada de cada lado de US$ 62.500.

Assim ela afirma que o preço do Bitcoin precisa reagir e quebrar a resitência que vem se formando em US$ 63.400,com um fechamento diário acima dessa marca para então ganhar um novo impulso de altista.

Ethereum pronto para US$ 8 mil

Já o mercado de altcoins está aproveitando a onda de lateralização do Bitcoin e captando os lucros do mercado de criptomoedas com diversos criptoativos renovando e superando suas máximas históricas como ocorreu recentemente com o Ethereum (ETH).

Sobre a segunda maior criptomoeda do mercado, Hathorn aponta que a atualização de London que permitiu ao Ethereum queimar ETH com as taxas de transação está beneficiando o criptoativo neste momento já que diversas criptos construídas na blockchain do ETH estão 'bombando' como o caso do movimento que fez SHIB e o aumento nas negociações do USDT.

"A criptomoeda está apenas se consolidando-se em torno de US$ 4.500, onde o suporte de curto prazo parece ter se estabelecido. É difícil encontrar um caso de baixa para Ethereum em uma perspectiva técnica, especialmente depois que continua a quebrar novos máximos com um impulso convincente", aponta.

Assim, segundo ela, a linha de tendência ascendente, que tem sido uma boa referência para suporte no passado, agora está em torno de US$ 4.400, então podemos ver uma pequena correção nesta área antes que os ganhos sejam estendidos para US$ 5.000.

Já Tasso Lago está mais otimista e aponta que o Ethereum está renovando máximas históricas e portanto, pronto para uma direção segura de alta que pode levar o criptoativo para US$ 8 mil.

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AVAX, Solana e Polkadot

Lago também aponta outras criptomoedas para ficar de olho, como é o caso da Avalanche (AVAX) que para é o criptoativo de destaque pra semana.

"Nesse momento está desafiando seu topo histórico nos U$ 80 dólares e tende a continuar em movimento altista caso feche o gráfico diário acima dessa região. Vale observar. Caso confirme o movimento pode ultrapassar dos U$ 100", aponta.

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Ele também destaca o potencial da Polkadot (DOT) que está em seu momento de leilões das parachains do lado técnico e, do lado gráfico, para o analista, rompeu consolidação e topo histórico junto.

"Com isso, segue em forte tendência de alta. Deve ser a moeda com maior potencial de valorização entre Novembro e Dezembro. Acredito em valores acima de U$ 100 para a DOT", finaliza.

Já Lucas Schoch, CEO e fundador da Bitfy, aponta como destaque a Solana (SOL), criptomoeda fundada por Anatoly Yakovenko e Greg Fitzgerald, está cada dia mais se solidificando como uma das principais moedas no cenário de criptoativos.

"Ela vem se mantendo na 6ª posicição das TOP 10 do CoinMarketCap e promete decolar ainda mais, se comparada às outras criptos, sendo a que mais cresceu nesta última semana", disse.

Schoch destaca que o protocolo da Solana foi projetado com o intuito de facilitar a criação de aplicativos descentralizados, que visa melhorar a escalabilidade ao introduzir o consenso proof-of-history (PoH), combinado com o do proof-of-stake (PoS) do blockchain, e devido a este modelo de consenso híbrido, a Solana aproveita o interesse tanto de traders pequenos, como de institucionais.

"A “queridinha” está em alta e, nas últimas 24 horas, bateu um crescimento de mais de 7,50%, subindo mais que o seu dobro comparado ao período dos últimos 7 dias, equivalente a uma alta de mais de 15%", disse.

BNB, LUNA, XRP

O CEO da Bitfy também aponta que os investidores devem ficar de olho na Binance Coin (BNB) que hoje acumula uma valorização de 19% nos últimos sete dias, sendo 6% só nesta sexta, 05.

A terceira criptomoeda na lista de Schoch é a Terra (LUNA) token nativo do Terra, usado para estabilizar o preço das stablecoins do protocolo. O Terra foi fundado em janeiro de 2018 por Daniel Shin e Do Kwon, já que vislumbraram no projeto uma forma de impulsionar a adoção da tecnologia blockchain e criptomoedas, focando na estabilidade do preço e na sua usabilidade.

O Terra busca se diferenciar através do uso de stablecoins atreladas às moedas fiduciárias, ratificando sua atuação combinada aos benefícios da falta de fronteiras das criptomoedas, com a estabilidade diária dos preços destas moedas.

"Atualmente não ocupa um bom posicionamento entre as criptos listadas no CoinMarketCap, estando em 2603º lugar, possuindo um crescimento nos 7 últimos dias de mais de 8,70%", disse.

Outra criptomoeda que o empresário aponta para os investidores ficarem de olho é o Ripple (XRP) que já esteve em terceiro lugar entre as maiores criptomoedas domercado e atualmente ocupa o 7º lugar depois de ser ultrapassada pela Solana (SOL).

A ideia por trás da plataforma de pagamento Ripple surgiu em 2004 com Ryan Fugger, porém, sua construção se iniciou apenas quando Jed McCaleb e Chris Larson assumiram o projeto em 2012.

"Inicialmente, é importante entender que XRP, Ripple e RippleNet são coisas diferentes. XRP é a moeda executada na plataforma de pagamento digital chamada RippleNet, que faz parte da distribuição da base de dados, denominada XRP Ledger, um open-source que não é baseado em blockchain, enquanto RippleNet é executada por uma empresa chamada Ripple. Sua valorização na semana passada foi equivalente a mais de 14,70% com um crescimento nas últimas 24 horas de 7,45%", disse.

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